30.8.10

Quando ir ao RH é bom

"você pode ir ao jornal amanhã e procurar o rh para fazer a contratação. você pode começar essa semana?"

yupi!

podem começar a comprar o diário da manhã amanhã para pagar meu salário.

Qual é o limite?

não posso usar o blog para reclamar das pessoas com quem eu convivo. seria uma deselegancia publicar aqui o que sinto em relação a algumas pessoas. publicar para o mundo... ok, agora eu fui pretenciosa: o que eu escrevo no meu blog não é lido pelo mundo inteiro. talvez, se eu escrevesse em inglês, poderia ter uma certa pretenção à fama mundial. além disso, este blog não é lá essas coisas em termo de audiencia. não! não vá embora, continue a ler. estou falando em termos de quantidade e não qualidade. é claro que você, meu leitor, é importante para mim. ah! a quem estou enganando. ninguém lê essa porcaria. certo? está bem. eu paro de fazer chantagem se você voltar para ler mais um post amanhã. certo? jura que volta?

desenho de Van den Bosch

29.8.10

Demorou, mas saiu

após uma gestação de três dias ou quinze horas, pari duas belas meninas. uma pesando 7.630 caracteres e a outra 4.287. e olha que elas são até bonitinhas! pois é. estou falando das matérias-teste que fiz para o diário da manhã e que consegui extrair do meu cérebro na base da coação. achei que seria fácil, pois escrevo constantemente, mas a prática foi mais angustiante do que eu imaginava.

os temas eram fáceis para mim: uma pauta era sobre mau humor e a outra sobre esmaltes berrantes. ora, sendo eu uma pessoa mau humorada, parente de pessoas mau humoradas, amiga de pessoas mau humoradas e namorada de um mau humorado, seria fichinha. que nada! só depois de entregar a matéria é que fui lembrar que mau humorada se escreve com "l". quanto aos esmaltes, cujos tons prefiro azulados, me embananei na hora de escrever sobre as marcas. escrevi lá no negocio que o esmalte renda, um dos mais vendidos do brasil, é da impala. da impala! todo mundo sabe que o renda é da risqué. se você não sabia, pois fique sabendo que o meu ex-futuro chefe certamente sabe.

fora isso estou tranquila. se for contratada, publicarão as matérias e eu colocarei um link por aqui. se não for contratada, que desgraça! vou colocar fogo no meu cabelo e polir a careca com um litro de esmalte renda da risqué.

27.8.10

É só escrever, certo?

sábado é meu último dia de entrevista-teste no diário da manhã. me passaram duas pautas para que eu escrevesse duas matérias em três dias. bastante simples, não. entrevistei minhas fontes, pesquisei na internet e... nada! na hora de escrever me deu um branco. não saiu título, o olho não deu as caras, nem minhas anotações eu parecia entender. fiquei hoje na redação correndo atrás do meu próprio rabo. acho que o desespero ainda transparecia em minha cara apesar de me esconder atrás dos meus óculos. o tempo da faculdade de jornalismo, as aulas de redação publicitária, análises do machado de assis para o vestibular, minha primeira gramática, tudo sumiu da minha cabeça.

mas ainda tenho uma chance amanhã. é só chegar lá e escrever uma matéria de sete mil e quinhentos caracteres e outra de três mil. e a segunda é sobre esmaltes. três mil caracteres falando sobre esmaltes. ai, ai... estou ferrada!

25.8.10

Mamãe, acho que vou pro dm

não, não sairei em mais uma reportagem no diário da manhã. amanhã, às 9:00am, farei uma entrevista-teste de emprego. tomara que dê certo.

23.8.10

Desanimei...


depois de muitos dias postando por aqui diariamente, desanimei. os acontecimentos de quinta-feira passada (vide o post do dia 20/08) aliados a um fim de semana que passei revesando entre a cama e o sofá me fizeram desacelerar. o fato de eu não saber se o que eu escrevo é lido ou não também me afastam deste blog. até deixei de lado a revirada cultural. sou apenas mais uma querendo atenção na net.

http://www.youtube.com/watch?v=MuQ0AQ7YWS8&feature=search

20.8.10

Pense antes de pedir socorro

ontem foi um dia tão estressante quanto inutil.

acordei com uma ligação urgente. precisava ir so sindicato levar minha documentação para que outra concursada pudesse fazer não sei o que lá. minha irmã nos levou de carro, minha mãe e eu, pois tinha que ir não sei aonde fazer não sei o quê. mal setei na sala de reunião, meu telefone toca. minha irmã tinha batido o carro na porta do sindicato e gritava pela minha mãe. note que minha mãe, por motivo de economia, também pe minha advogada. ela me deixou só com a outra concursada e mais três advogados para socorrer minha irmã. minutos depois, mamis chegou com a noticia: minha irmã tinha realmente batido o carro e não havia nada que se pudesse fazer porque o outro motorista, apesar de errado, fugiu da cena do crime. a reunião prosseguiu e, assim que ela acabou, notei que nada que eu tinha levado foi-me pedido. eu fui lá só para que minha irmã pudesse bater o carro da minha mãe e desse o prejuizo de três mil reais.


de tarde, mamis e hermanita saíram no carro batido para fazer coisas que advogados fazem numa tarde de quinta-feira. lá pelas 5:15pm, recebi outra ligação. era uma amiga da minha mãe que tem um marido louco, alcoólatra e pm. no telefone, ela chamava minha mãe e gritava: SOCORRO! EU VOU MORRER! ME ACODE! não, isto não é uma hipérbole. não deu para falar nada com a mulher: ela não me ouvia e só gritava.

fiquei louca! liguei para minha mãe que nunca carrega o celular, pois ele sempre está carregando em alguma tomada da casa. liguei para minha irmã e, para meu desespero, ouvi o celular dela tocando no quarto. procurei o telefone da mulher, liguei e nada. só consegui achar um endereço em uma agenda velha. liguei para o 190 e logo desliguei. o que poderia falar? nem sabia se a amiga da minha mãe estava no endereço da agenda. catei a agenda e saí à rua à procura de um taxi ou de uma viatura, o que eu achasse primeiro. achei um taxi.


cheguei no endereço da agenda, pupilas dilatadas, pressão sanguinea nas alturas e adrenalina bombando no cérebro. interfonei no apartamento da mulher SEU PAI ESTÁ TENTANDO MATAR SUA MÃE! e a filha dela atendeu na maior calma do mundo falou: minha mãe te ligou? vou ligar para ela. fiquei na portaria alguns minutos, aplicando aquela técnica de lamaze para acalmar minha respiração. a menina me interfonou e pediu para que eu subisse sem se alterar com nada que eu havia dito.


no fim das contas, a mãe da menina tinha levado o pai totalmente bêbado e surtado para ser internado na pax clínica e a médica plantonista havia se recusado a atender o paciente alcoolizado, apesar de já ter feito isso antes. a amiga da minha mãe surtou com a possibilidade de levar o marido louco para casa, teve um ataque de pânico e ligou para todo mundo que conhecia falando que ia morrer. três viaturas apareceram na pax e o problema foi resolvido com uma internação e um b.o.. mais tarde, minha mãe cegou ao apartamento, a mãe também (trazida por uma viatura) e elas ficaram conversando sobre isso até umas 8:30pm.



dia inutil! mas houve uma lição: antes de você me chamar para ajudar em qualquer coisa, eu repito, QUALQUER COISA, pense se você realmente precisa de mim ou se é só um bicho de pelúcia nas suas costas!

A violencia é vermelha

Impressões da peça Olho da Cia Oops!.. que também fez parte da programação da revirada cultural



Semana passada, escolhi o veneno perfeito para uma noite de sexta-feira 13: a peça Olho da Cia Teatral Oops!.. (ainda não descobri o porquê desses dois pontinhos). Escolada em peças teatrais, dei uma lida no release que rolava na internet para não chegar lá e ficar boiando na historia. A encenação é uma adaptação do conto “Coração Delator” do senhor Edgar Allan Poe – um escritor que eu gosto. Não conhecia este conto e poderia tê-lo lido on line, mas preferi não fazê-lo para não ter uma ideia pré-concebida e deixar que a peça me surpreendesse. Já havia visto outra peça da Cia (Macário), mas não tinha gostado muito da atuação estilo tremelique (ou teatro físico). Como gata escaldada, não esperava grande coisa. Felizmente, quebrei a cara (viu que não é bom ter idéias pré-concebidas?).


Estava só e cheguei cedo ao Goiânia Ouro. Desci para a Rua 3 a fim de fumar alguns minutos e fiquei observando a movimentação na entrada da Galeria Ouro e o bafafá da abertura da Revirada Cultural no rumo do Grande Hotel na Avenida Goiás. Subi e aguardei mais alguns minutos no café, ainda observando as peculiaridades da estranha fauna (eu, inclusa) que frequenta teatros na cidade. A porta do teatro se abriu e eu me dirigi a uma cadeira estrategicamente escolhida para que eu pudesse tirar algumas fotos com minha câmera digital compacta. Assim que a peça começou, tentei tirar uma foto discretamente, mas o flash disparou no primeiro clique. Senti todo o teatro, incluído o ator em cena, me xingando mentalmente. Decidi fazer fotos de peças só depois que eu compasse uma câmera que preste.



O Teatro Ouro tem um palco pequeno e combinou perfeitamente com a cenografia minimalista da peça. Em cena, apenas o necessário ou menos que isso. Ali uma cadeira poderia se transformar em duas ou três ao sabor dos eventos, assim como o relógio enorme que marcava sempre meia-noite poderia indicar 4:00 da manhã sem mover um ponteiro. O ator também estava sozinho em cena, mas podia travar alguns diálogos servindo-se apenas de vozes já gravadas como se estas, talvez, estivessem apenas na mente do personagem.



Uma luz primorosa no palco contrastava com uma luz dura de uma lanterna a pilhas que o ator jogava direto na platéia ou em seu próprio olho (o que devia doer um pouco) de acordo com as nuances do texto. A trilha sonora, composta especialmente para a peça me fez arrepiar em vários momentos. Quanto à atuação, na minha opinião, foi muito boa. Ainda se via os preceitos do teatro físico, mas sem os tremeliques excessivos que vi em Macário.



No momento em que descreve seu crime, o mordomo (nem Poe conseguiu fugir desse clichê) usa um lenço vermelho no lugar do cadáver. Se a magia do cinema está em dar movimento a coisas imóveis, a magia do teatro está em firmar um pacto entre ator e audiencia no qual o primeiro finge que é e o segundo finge que acredita que é. E como eu acreditei naquele fingidor! Olhar aquele lenço enquanto ouvia aquelas palavras de ódio foi quase repugnante. Adorei.

Aguardem novas atuações e insultos*.

Goiânia, 16 de agosto de 2010

*este texto vai figurar na minha coluna atuações do insulto.org. infelizmente não pude sincronizar a publicação do texto com a peça ainda em cartaz. estamos (insulto e eu) resolvendo esse tipo de atraso.

19.8.10

Alô, som!

teste

teste

deixe um comentario se você passou por aqui. preciso saber se continuo escrevendo para as paredes.

teste

teste

alô, som!!!

Odeio performances (apesar de fazê-las)

continuando a saga: "revirada cultural, é sério mesmo ou é poesia para boi dormir?", marquei na agenda uma performance:




17h30 – Esquina Revirada - Solos de Baco – Performance Teatral na Av. Goiás c/ Rua 2 - Centro

cheguei atrasada porque fui consertar meu relogio de pulso para não chegar mais atrasada aos meu compromissos. sentei-me em um banco do canteiro central da avenida goiás 17:45. em uma árvore, um tecido vermelho pendia se arrastando pelo chão sujo de poeira. fiquei sapeando o movimento de um povo esquisito do outro lado a rua que carregava uns regadores grandes e os espalhava pelo canteiro onde eu estava. 


lá pelas 18:10, uma garota escalou o tecido, se fechou em um casulo e ficou por ali muito tempo. enquanto isso, do outro lado da rua, outra garota começou a gritar algo que foi abafado pelo trânsito, jogando balões cheios d'água em uma parede. se passaram alguns minutos até que o carinha com uma camiseta da revirada cultural escrito "produção" entregou à gritadora um megafone. o trânsito continou a abafar o que ela gritava. sei que ela repetia o mesmo texto, pois consegui entender algumas palavras que ela sempre gritava como: "colírio colorido", "caos da massa" e "atolada" ou algo assim.


o resto da trupe corria para baixo e para cima com os regadores cheios de água, regando os canteiros, eles mesmos ou regando uns os outros. como estavam todos tão dispersos, quem passava por ali não podia entender que o que eles faziam era arte. eu, que fui lá só para vê-los, não entendi o que eles queriam dizer, se é que queriam dizer alguma coisa. 


fiquei atenta aos comentarios dos transeuntes e ouvi coisas interessantes. uma senhora de cabelos grisalhos apontou para a garota que fazia acrobacias no tecido e disse que ela parecia uma borboleta saindo de um casulo (dã!). outro garoto que descia a avena goiás acompanhado por duas meninas disse que não acreditava estar vendo malabares em pleno centro de goiânia. já uma mulher que se sentou ao meu lado apontou para a garota dos balões de água e disse que aquela ali era doidinha mesmo.


a conclusão que tirei dessa aventura é que uma performance de rua tem que ser bem planejada e executada para dar certo. é preciso um bom sistema de som que pode ser gravado ou ao vivo, contando que seja ouvido. restringir o espaço de atuação também é importante, senão parece que soltaram uns loucos por ali e esqueceram de recolher. cenas curtas e repetidas são necessarias, pois o público geralmente não para o que está fazendo para ver uma bobagem dessas. ah, sim: UMA MENSAGEM a ser passada é impressindivel. senão vira um monte de bobo agredindo paredes e gritando para os carros.

p.s.: ganhei esse origame aí na foto de um dos regadores.

p.s.2: as fotos foram tiradas com meu celular. ainda tenho que comprar uma câmera pelo menos razoavel para tirar fotos e publicá-las por aqui. estas estão sofriveis.

17.8.10

Intercâmbio literario

continuando minha saga pela pretenciosa revirada cultural de goiânia, marquei na agenda:

8h às 17h – Feira do Troca Livros na Praça Joaquim Lúcio

depois de procurar no mapa onde fica essa praça, peguei uma carona com mamis e saltei em campinas com uma sacola de papel cheia de livros que não queria mais. de longe se via um banner mal feito pendurado no coreto da praça: feira de troca de livros. à frente desse banner, uma banquinha com alguns livros em cima e uma mulher sentada numa cadeira ao lado. sentada em outro banco, de frente para a banquinha, uma outra mulher com uma camiseta com a logo da revirada cultural.



numa breve conversa, a mulher do banco que parecia ser funcionaria de uma biblioteca municipal, disse que esse evento foi planejado muito rapidamente (uma semana) e não deu tempo de preparar a feira de troca apropriadamente. esclareceu, então que o que estava acontecendo ali era, na verdade, uma feira de doação: eu daria o que ela quisesse e levaria o que eu quisesse. entre todos os livros que levei para trocar, ela escolheu o código da vinci e uma versão paradidática em inglês do eu, robô do asimov. apesar de ter levado os livros, fiquei em dúvida se dava ou não do código da vinci, pois ele tinha sido um presente meu para meu defunto pai. ainda tinha uma historia de que, a adaptação desse livro para o cinema foi o último filme que vimos juntos antes dele morrer comido pelo câncer, mimimi...



enfim, larguei de sentimentalismos, copiei a dedicatoria que escrevi para meu pai e abri mão do livro. em troca, peguei uma coletania de contos dos reader's digest datada de 1965, um analista de bagé antigo e uma edição barata de dom casmurro novinha. enquanto eu esperava o ônibus para ir embora, me distraia ouvindo uma profeta louca berrar através caixa de som na praça joaquim lucio. não entendia nada o que ela falava, mas a roupa de lantejoulas que ela usava estava realmente primorosa. peguei um ônibus que deu um milhão de voltas por campinas e cheguei em casa pouco antes de minha irmã entrar pela porta da frente. ao comentar minha pequena aventura literaria, descobri que ela estava lendo o código da vinci. com a cara no chão, entreguei a ela o marcador que estava no livro e prometi lhe dar outro exemplar novinho.



"Para meu pai,
Que possamos, juntos, desvendar 
este misterioso código que vem causando 
polêmica na imprensa e na literatura mundial
24/12/2004"

Revirada (de estômago) Cultural

a prefeitura de goiânia, a fim de abocanhar votos dos culturetes, inventou uma tal de revirada cultural com uma programação quase diária de perfomances, shows, mostras e até malabares de sinaleiro por dois meses. pensei, com o perdão da palavra, "puta que pariu!", para uma programação dessas, vale a pena tirar o chapéu. no orkut, desculpe-me o modismo do vocábulo, os trolls logo começaram a falar mal do evento enquanto outros entusiastas defendiam a iniciativa municipal. note-se que os trolls reclamavam dos artistas escolhidos e, em hora nenhuma, duvidaram do sucesso dessa coisa do sr. rezende machado.




a abertura, na sexta-feira 13, foi apoteótica com direito a fogos de artificios em frente ao grande hotel, na rua 3. coincidentemente, passei por lá de carro, na hora do foguetorio, depois de assistir a peça olho da cia oops!.. que também estava inclusa na megaprogramação. mais detalhes sobre a peça você poderá ver na minha coluna atuações do insulto.org.

pois é...

como estou, escusai-me o eufemismo, procurando emprego, resolvi marcar alguns eventos aqui no centro, perto da minha casa, que gostaria de ver. também preciso fazer exercícios com meu pé pós-operado e como estou, perdoai-me o palavrão, sem um PUTO! no bolso, resolvi ficar andando pelo centro sorvendo alguns ares cosmopolitas de cultura goiana enquanto malhava o pobre pezinho.


15h – Esquina Revirada com o Grupo Trupicão Cia. de Teatro – Performance na Rua 4 c/ Rua 8 – Centro

cheguei às 14:50 e nada. fiquei lá até às 15:15 e nada. fui ao centro de medicamentos de alto custo juarez barbosa, na rua 4 com a tocantins, peguei uma senha, peguei meus remedios para esquizofrênico (juro que ainda não sou), voltei à rua 4 com a rua 8 às 15:50 e nada. perguntei a uns caras que montavam um palco na rua 8 com rua 3 se eles sabiam algo sobre a performance e eles me informaram que só sabiam que tinham que entregar o palco às 17:00 e mais nada. 
fiquei por ali, bebendo uma coca zero e visitando brechós até às 16:45 e nada. passei em uma lotérica, peguei uma fila enorme e joguei os mesmos números que sempre jogo na mega sena que um dia hei de ganhar.

16h30 – Esquina Revirada com Marcos Lobo - Mostra Fotográfica na Av. Goiás c/ Rua 5 - Centro

desci a avenida goiás até a rua 5 e, às 17:00, nada. rodei em círculos por ali, procurando qualquer indicio de fotografia e nada. 


às 17:05, desisti dessa revirada cultural, agora ofenda-se com a palavra, da desgraça e fui tomar um café com pão de queijo no café rancheiro da rua 4 com a rua 6 - centro. pelo menos, lá, eu sabia que encontraria as atrações que procurava até às 18:00. 

p.s.: tinha marcado na minha agenda: "17h – Comício Poético no Terminal Pe. Pelágio", mas, depois de tanta decepção, não arrisquei, fodam-se os clichês, a dar com os burros n'água em plena hora do rush.

p.s.2: mais tarde, fui ao goiânia ouro encontrar o xuxu. passei na porta do grande hotel e estava tendo uma aula pública de capoeira. no palco montado na rua 3, havia um showzinho com um público de cinco pessoas e dois gatos beirando um churrasquinho. finalmente, no teatro goiânia ouro, realmente aconteceu outro showzinho que estava marcado na programação com uma audiencia um pouco maior. não me dei o trabalho de assistir nenhum desses eventos.


p.s.3: como sou brasileira e não desisto nunca (ditado da porra!), amanhã tentarei ver algo dentro dessa programação que me apeteça.

15.8.10

Mamãe, tou no dm*! (de novo)

blogueiro a-do-ra falar que apareceu no jornal. devo confessar que, quando isto acontece, há uma sensação de legitimação do que se é escrito neste meio tão democrático e aberto a qualquer um que saiba escrever e tenha internet. o mesmo vale para quando outros textos do blogueiro são publicados em outros sites que não o seu blogs. essa acessibilidade tão ampla e a existencia de tantos blogs dos mais variados níveis acabam fazendo com que esse tipo de comunicação seja subestimado. isto pode ser irritante para quem tem a pretenção de escrever bem. acho que, se o STJ não tivesse derrubado a obrigatoriedade do diploma para se exercer a função de jornalista, as associações dos diplomados iriam começar a exigir diploma dos blogueiros a qualquer momento alegando potencial desserviço público.

exigencias de diplomas à parte (sempre fui contra isso), a questão é que eu saí no jornal de novo. e, por coincidencia, o que saiu no diario da manhã neste sábado está relacionado com meu post anterior. o negocio é que a materia nem tem muito a ver com o que eu escrevi, mas já estou gritando para todo mundo que meu nome saiu no jornal. eu mostrei para minha mãe e até comprei um exemplar para guardar.

não consegui achar a materia on line, mas, para quem quiser ver, acesse o site do dm na versão digital do dia 13 de agosto, vá até o dm revista, ignore as garotas seminuas da capa do caderno e olhe na página 3. lá você verá uma materia sobre a minha defunta banda fantasma de agnes num quadradinho a direita. aqui vai a imagem que saiu no jornal e que eu publiquei na minha materia, digo, no meu post passado:



*diário da manhã

p.s.:  também tem um texto meu no insulto.org - dá uma olhaaada! (voz da bete coelho apresentando gnt fashion)

12.8.10

CDs, fotos e egocentrismo

eu costumava tocar baixo. toquei em algumas bandas, mas, no inicio da década (me senti velha escrevendo isso), toquei em uma banda que ficou famosinha no métier de gyn rock city. um dos fatores que levaram essa minha banda a ser conhecida foi a elogiada capa do nosso cd demo:

 

se você ainda se lembrar da minha cara, vai notar que este desenho foi feito pelo meu xuxu, baseado em uma foto minha. o guitarrista viu esse desenho e disse: é isso. então eu e o xuxu criamos um conceito e este executou o projeto.


outra capa de cd que tem sido elogiada esta capa do sangüínea - a banda do meu xuxu. fizemos uma sessão de fotos na casa dele e eu tirei fotos da banda, para logo em seguida, ele tirar fotos minhas para o cd demo do sangüínea. estava eu tirando fotos com pouca roupa quando o guitarrista sugeriu que eu usasse um capacete. a melhor foto da sessão foi a do capacete e ela acabou no capa do cd.

cheguei a uma conclusão durante uma conversa no messenger com o xuxu: basta o xuxu pegar uma foto minha, criar um conceito e dar uma mexidinha para se fazer uma boa capa de cd. minha sugestão de foto para o próximo cd do sangüínea é esta aqui embaixo. basaeado nessas experiencias prévias, tenho certeza de que será uma capa excelente.

11.8.10

Por que tudo que você faz é sempre tão difícil?

perguntou-me o xuxu. sinceramente, eu não sei. certamente minhas escolhas me levam a isso. talvez eu eu só consiga ver aquilo que está (quase) fora do meu alcance e ignore aquilo que está ao meu lado, mas quem, eu me pergunto, não desejaria ganhar na mega sena? okie dokie, este exemplo está virtualmente fora do meu alcance, mas ele passaria de pouco provavel a impossível se eu, pelo menos, não jogasse os mesmos números de vez em quando. além disso, entrar numa lotérica e jogar dois reais também não é um esforço sobre-humano.

pode ser que, procurando o que parece quase impossível, acabo não me culpando pelos meus próprios fracassos. ou ainda, que meus padrões auto-impostos sejam muito altos e, ao conseguir o que eu quero, não desisto tão fácil por parecer ser impossível repetir a façanha. bem, eu namoro o xuxu a doze anos. pense nisso levando em consideração o que eu acabei de escrever.

9.8.10

Segunda-feira - dia de começar dieta

não só dieta, mas segundona é dia de colocar em prática as resoluções de fim de semana. o mecanismo é o mesmo do aplicado nas resoluções de ano novo. a diferença é que, nas resoluções de fds, o tempo de desistencia é de apenas um ou dois dias, enquanto que as resoluções de fda levam alguns meses para serem abandonadas.


hoje é dia de abandonar os doces que como nos fins de semana (snif!), escrever no blog, fazer telefonemas, escrever e-mails e correr atrás da minha nomeação como concursada da agecom (agencia goiana de comunicação). esse último ítem tem me deixado preocupada e infeliz. espero ser nomeada logo para que eu possa ser infeliz por outros motivos. o que posso dizer? acho que sou uma garota ansiosa.

5.8.10

Sou funcionaria pública e foda-se

infelizmente, o hábito de olhar para o próprio umbigo ainda é da maioria dos brasileiros. grande parte da população ainda não percebeu que garantir o direito do meu igual é garantir o meu direito também. recentemente passei num concurso público e, como ainda estou me recuperando da operação no meu pé esquerdo (lei-se estar desempregada), entrei na comissão representativa dos concursados a fim de garantir minha vaga e seguir os passos de meu defunto pai como funcionaria pública.

durante última reunião, expuz os problemas e as questões jurídicas que podem me impedir de ser nomeada e ainda falei que todos os aprovados para a mesma função que eu estão na mesma condição. perguntei, então, se a comissão tinha uma noção de quantos outros aprovados estariam com as mesmas dificuldades que a minha. a resposta geral, para minha surpresa, foi: "cuide da sua vaga, faça o que for preciso para que saia a sua nomeação e não se importe com os outros porque isso pode te prejudicar".

naquele instate, parte de minha alma morreu. sério! pode ser um exagero literário ou uma impressão exarcebada de deprimido, mas, durante aquela reunião, senti meu coração diminuir e faltar sangue no cérebro. em princípio, nos reunimos para nos fortalecermos e garantir o direito de cada um, mas vi que grande parte daqueles sentados diante de mim pedindo meu apoio poderiam me descartar a partir do momento que conseguissem o que queriam. apesar do discurso sindicalista "uni-vos!", apesar de jurarem que não me abandonariam se fossem nomeados antes de mim e me pedirem apoio à "nossa" causa, vi que a mentalidade ali era de cada um por si.


tenho a impressão que esse tipo de pessoa está mais apto a se transformar um um funcionário público brasileiro. aquele funcionário acomodado em seu cargo, com um ar blasé que ignora o fato de ele ser um servidor público (cuja função primordial é servir ao bem comum) e manda emoldurar e pendurar na parede atrás dele o artigo 331 do código penal como prova de seus poderes quase divinos sobre os meros mortais que não são ele.


até considerei desistir da comissão dos concursados, mas percebi que poderia fazer mais por mim se continuasse a lutar pelo direito de todos em que estão na mesma situação (um pensamento paradoxalmente egoísta). desconsiderei o conselho da comissão e estou entrando em contato com os concursados em situação similar a minha para que eu, como membro de uma comissão representativa, possa falar e ser ouvida


"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer"

2.8.10

Depressão fede

literalmente. este fim de semana foi meio deprê para mim. sem dinheiro, sem namorado (provisoriamente) e sem um pingo de ânimo para respirar, deixei a vida me levar da noite de sexta até a madrugada de domingo. dormi, assisti tv, observei os gatos brigarem e naveguei por muitas horas pela internet. nesse tempo todo, não tomei banho. isso exatamente, uma garota, uma mulher que confessa que, de quando em quando, deixa de tomar banho mais de um dia - daí o cheiro ruim dos estados depressivos. não precisa se alarmar pois não está muito quente e o desodorante não venceu tanto assim. agora já tomei meu banho e prometo que este não será um hábito somente semanal.




apesar de ter passado o fim de semana meio abaixo da linha do bom humor, agora emirjo (que conjugação horrorosa) com uma semana cheia pela frente. não, não... continuo desempregada, a quinta gozada foi cancelada e ainda não saiu minha nomeação para um cargo público. MAS (note a caixa alta) eu entrei na comissão representativa dos concursados da agecom e me candidatei a escrever sobre teatro e afins para o site insulto.org. tudo, claro, sem receber um centavinho por isso.

portanto, caro amigo, tenho coisas importantes a fazer nesta segunda, depois do meio-dia. achou que eu iria acordar cedo, né? tenho que falar com o presidente do sindicom para conseguir uns documentos e tenho que assistir algumas peças (que chato) sobre as quais escreverei.


agora eu vou dormir, pois terei um dia cheio amanhã.