31.1.11

Inconstancia

p.s.*: tenho que fazer urgentemente um curso de atualização de português. semana passada meu chefe me deu um puxão de orelha porque ainda escrevo ideia com acento agudo no "e". este é mais um sintoma que evidencia minha meia-idade. me lembrei da minha avó que, provavelmente, escreveu farmacia com "ph" por muito tempo.

estou com um tempinho extra aqui no trampo. há muitos dias tenho querido (tempo estranho, não?) escrever no blog, mas tenho tido preguiça. meu turno no dm acaba por volta das 2:00 da tarde, pego o eixão, como um restôio de comida em restaurante popular na rua 4, vou para casa e fico no sofá até a hora de dormir. às segundas jogo na mega-sena, pois sou humana e tenho que acreditar em algo.

estava lembrando das minhas conquistas post-namorum (essa aqui eu inventei). primeiro saí com um cara que era legal e até beijava bem. ele tinha quase quarenta anos, mas, para mim, estava ok. ele tinha uma filha ou filho (não me lembro direito porque não gasto meu precioso tempo pensando em crianças alheias), mas, para mim, estava ok. ele era evangélico desses que gostam de falar que são evangélicos, mas, para mim, estava ok. tudo isso aí, eu relevaria em um relacionamento, mas havia uma característica dele que não eu, provavelmente, não consiguiria conviver bem: ele estava acima do peso.

o problema de se relacionar, amorosamente falando, com pessoas acima do peso é que, eventualmente, o mais magro do casal acaba por ficar acima do peso também. já no primeiro dia em que saímos juntos, ele me levou para uma bar e pediu para nós dois espetinhos com todos os adicionais adicionados. ele comeu tudo e eu não consegui passar de metade da farofa. e olha que eu me esforcei. depois disso, decidi que não queria nenhum tipo de namoro com ele.



p.s.**: ter amigos gordos não é a mesma coisa que ter um namorado gordo, pois, com os amigos, você passa menos tempo do que com um namorado e, com o namorado, você faz muitas refeições românticas ou não.

*pré-scriptum
**post-scriptum

8.1.11

Pelas barbas do profeta

não sei se é a idade ou se é por causa do implante hormonal que eu fiz para parar de menstruar e não parei. de fato, agora fico menstruada metade do mês. mas isto não vem ao caso. o negócio é que pelos têm crescido em meu corpo em lugares onde não costumavam crescer. te pouparei dos detalhes cabeludos e falarei apenas do meu recém adquirido bigode.

tenho notado pelinhos estranho na região entre meu nariz e minha boca. minha irmã, certo dia, apontou para minha cara e disse: você tem bigode igual a um menino de 14 anos. é! eu sou mulher e tenho um bigode. não estou igual à frida kahlo, pois tenho muito cuidado para separar minha monocelha.



cansada do meu visual chewbacca, resolvi comprar um daqueles produtos que a gente passa e os pelos do buço (nome dado ao bigode feminino) caem. escolhi um creme buço aloe vera sensitive skin da depiroll. li as instruções, fiz o teste de alergia no meu antebraço e depois passei o produto no meu buço/bigode. contava os minutos esperançosa pelo meu novo visual frida kahlo free. no terceiro minutinho, a coisa começou a pinicar. limpei com água morna e uma esponja, porém, além do pelo não cair, comecei a ter uma reação alérgica. o treco foi tão forte que minha garganta começou a coçar e eu tive que tomar um anti-alérgico.

conclusão: continuo bigodudo e agora tenho umas bolhinhas vermelhas sobre os lábios. ai, ai, é duro ser mulher...