4.2.13

...

desculpe pelo silêncio de ontem. não estava me sentindo bem. bem, isto não é nehuma novidade. é que eu estava me sentindo pior do que o normal. coisas de deprimidos e blá blá blá. continuo ansiosa. achei que hoje teria que me internear. usar camisa de força e levar um haldoperidol no ombro enquanto me debatia. felizmente, isto era mais uma fantasia de uma mente não muito normal.

a ansiedade continua entre os níveis seis e nove em uma escalade zero a dez. espero não chegar a este último número tão cedo.


2.2.13

Cansei

cansei de comer para depois defecar. cansei de limpar e sujar para depois limpar novamente. cansei de comer e engordar e me arrepender por ter comido. e cansei de não ser sexy. cansei. estou cansada e só quero dormir. imagens de suicídio (meu) me vêm à mente sem ser requisitados e, às vezes, a morte me parece um bom descanso uma vez que é eterno.

é doutor, acho que os novos remédios não estão fazendo muito efeito.




1.2.13

Para baixo

fui ao meu psiquiatra hoje ajustar os remédios que me deixam ansiosa. conversamos, trocamos dosagens, mudamos remédios. o problema é que sempre saio de lá mais deprimida. acredito que isso acoteca porque tenho uma ilusão infantil de que um dia irei lá e ele me dirá: você está curada.

estou cansada.


31.1.13

Degraus

tenho andado ansiosa. digo, por causa da ansiedade, tenho andado. explico: para diminuir a ansiedade, tenho andado. ando de um lado para outro no apartamento e desço e subo as escadas do prédio. vou até o térreo, subo depressa até o quarto andar e paro para catar meus bofes que caíram no chão. depois me arrasto até o sétimo, paro de novo, tento não explodir uma carótida e subo depressa e silvando até o nono, onde moro. meu desejo é um dia subir até o décimo, mas, até eu conseguir fazer isso, já terei trocado a medicação que me deixa ansiosa e nem vou mais querer fazer isso. mas saberei que, se quiser, eu consigo.


ele me chamou para sair e eu disse que sairia sem conotação romântica. ele concordou e nós saimos. assistimos joão e maria. ele gostou e eu também. comemos um pit dog, digo, ele comeu dois terços e eu um inteiro. quando o deixei em casa, ele perguntou se rolava um beijo. dei o sorriso mais amável que o alface preso entre os dentes permitiu e disse não. ele me beijou no rosto, entrou em casa e eu fui embora.


28.1.13

dois dias sem postar, mas juro que a culpa não foi minha. viajei para bela vista de goiás a fim de limpar uma sala comercial que minha mãe vai alugar. até que foi divertido. depois da limpeza pesada ainda teve aniversário do meu priminho e, como sempre, comi demais e me arrependi depois. mas na hora foi legal.

um outro fato: mudei minha medicação e estou SUPER ansiosa. quando estou aqui em goiânia, subo até o último andar do prédio de elevador, desço os dezessete lances de escada e depois subo até o meu andar: o nono. em bela vista, como não tinha escadas para subir e descer, dei umas quatro umas quatro voltas no quarteira. uma outra priminha que estava sem priminhos com quem brincar me acompanhou em uma destas voltas. ela quis apostar corrida em alguns trechos e ganhou. juro que corri o máximo, mas ela conseguiu ser mais rápida do que eu.


25.1.13

é duro ser constante. a perseverança é outra qualidade que às vezes me falta. falta-me assunto também. nas conversas, nas postagens e nos pensamentos.

é. estou sem o que dizer hoje. estas palavras são apenas para evitar um "nada consta" e para dizer que amanhã posso ter algo interessante sobre o que falar. quem sabe? eu não.


Deixe de dengo!

hoje, deixei um mosquito da dengue me chupar. vi o maldito rondando minhas pernas e arregacei as calças para facilitar o acesso. ele grudou na minha coxa e fiquei observando a barriguinha dele para ver se ela crescia a medida que o bicho sugava meu sangue. acho que cresceu. fiz isso porque estou a fim de emagrecer. ok, pode me chamar de louca, pois eu sei que sou e meu psiquiatra pode confirmar. além disso, sei como é que é. peguei dengue uma vez e, como estava trabalhando com teatro, me apresentei doente. depois fui doente a um show em são paulo porque era inadiável. passei muito mal e meu outro médico, um infectologista, me falou que poderia ter morrido.

não é que eu queira morrer. quero dizer, às vezes eu quero morrer, mas não de dengue. o negócio é que estou gorda e não consigo parar de comer. sempre fui magra, mas, com o passar dos anos, fui ganhando uns quilinhos e agora peso vinte quilos a mais do que dez anos atrás e tomo um remédio que promete me engordar mais. todo mundo sabe: dengue, quando não mata, emagrece. mas acho que não peguei dengue. não sei se fico feliz ou triste. só sei que continuo gorda.


23.1.13

meu prédio tem dezessete andares e eu moro no nono. antes morava em um prédio com dois andares e meu apê ficava no primeiro. estou feliz por ter mudado não só por causa da psicina, quadra, salão de festas, academia, portaria e elevador que tenho agora, mas por causa da vista que tenho para o sul da cidade. nesta região do jardim américa, não se pode construir prédios com mais de quatro andares (não me perguntem como construíram o meu) e daqui, perto do cepal, até o setor nova suíça, vejo uma paisagem de quase cento e oitenta graus. se chover como agora, é melhor ainda: parece uma pista iluminada de aeroporto.

existe outra razõe para gostar de morar em um andar mais alto. é que parei de fumar por causa disto. explico: não fumo dentro do apartamento por respeito à minha mãe. quando morava no centro, fazia a boca de pito com um golinho de café e descia as escadas para fumar na garagem/entrada do prédio. agora, para fumar, tenho que esperar o elevador (fumante usando escada nem rola) e fumar fora das depências do condomínio, onde é proibido queimar um. uma vez tentei fumar nas escadas, mas foi, com o perdão da palavra, o maior cagaço. morri de medo de ser pega e multada. foi a fumadinha menos relaxante que já tive em toda minha vida. e por tudo isso, parei de fumar. digo, ainda fumo quando saio, mas eu quase nunca saio mais, então...