31.12.10

Mudança de humor

dia desses, voltando do trabalho, desci do eixão na avenida anhangüera e rumei pela rua 7 ouvindo música pelo foninho direto do meu celular. a trilha sonora de volta para casa era a banda inglesa the cooper temple clause. a música tinha uma sonoridade depressiva e uma letra que combinava com o estilo e com meu humor. aquelas coisas: tédio, tristeza, solidão, vontade de morrer - o de praxe.

ouvir música pelo fone de ouvido é como se afastar um pouco da realidade. tudo que se passa na rua parece um clipe, uma encenação que ilustra a canção e a letra. 

"Please believe me when I say
This is how it has to end
This is easy on us all
Well easier than other ways
Sleep is all I ask of you
Sleep and not to wake again
See this throughh and leave, my friend
Tears will come and I will end"


estava neste refrão quando cruzei a paranaíba e me aproximei do mercado aberto. enquanto chorava por dentro, subitamente, senti um sentimento estranho tomar conta de mim, uma certa alegria, uma vontade de dançar. então, ao passar exatamente ao lado da caixa de som dos peruanos que vendem cds nas ruas, me vi cantando e quase rebolando:

"Para bailar la bamba
Para bailar la bamba
Se necesita una poca de gracia
Una poca de gracia para mi para ti y arriba y arriba
Y arriba y arriba por ti sere, por ti sere, por ti sere"

o som dos peruanos estava tão alto que o ritchie valens se sobrepôs aos meus foninhos, superou minha depressão e mudou meu humor para o extremo oposto. felizmente, eu estava de passagem, deixei o la bamba para trás e logo retornei aos meus pensamentos suicidas em paz.

"While I hope you all miss me
And weep at my grave
I imagine you'll pray some
And give hope to the grave
To the ones who have loved me
And cared for me so
And who die when I tell them
I just had to go"


13.12.10

Uns braços

muitas vezes sinto vontade de escrever por aqui, mas sempre tem umas mãos, uns braços que me seguram lá embaixo. é difícil me livrar deles. são tão confortáveis apesar de meio frios e descarnados. me acariciam e pedem para me acalmar, deixar como está. e assim eu fico: como estou. não me movo, deixo estar.

às vezes, me livro deles, mas logo volto. eles me deixam ir trabalhar no dm - o que é muito bom, mesmo sem receber todo mês. me sinto útil. então, de segunda a sábado, escorro para fora dos braços. muita vez, uma mão me segura. daí, solto dedo por dedo e saio de fininho para que eles não notem minha ausência. vou trabalhar e volto correndo pros meus braços confortáveis, azuis, fresquinhos. tem dia que não é domingo, mas os braços me seguram com tanto amor que eu tenho que ficar entre eles. em dia de semana! então não vou trabalhar. ligo e minto que estou doente, não posso ir. até finjo que é ressaca, para que ninguém no trabalho saiba sobre meus braços. amáveis, macios, eternamente serenos.

são os meus braços que me impedem de vir aqui escrever. matar o desejo de discorrer sobre tudo e sobre nada. detalhes que cativam meu olho e fazem ninho na minha mente. mas meus braços são tão... tão... ah! não sei mais o que são. as mãos estão aqui, de novo, desfazendo os ninhos da minha cabeça. me acariciando, me chamando. desculpa. é tão bom. essa mão no meu pescoço. fresquinha, fria. tenho que ir. o ninho se desfez. é hora de dormir.

18.11.10

Que infortunio!

acabo de ser convocada para assumir um cargo público. para isso, tenho que arrumar meu registro de radialista que saiu errado na minha carteira de trabalho em anápolis. poderia ter ido de ônibus, mas o tempo é curto e precisei ir de carro. poderia ter ido dirigindo, mas o carro é da minha mãe e ela (até hoje) não confia em mim e ela foi de motorista. repito: eu só tinha esta tarde livre para ir a anápolis antes de apresentar meus documentos ao governo.

não sabia quanto tempo demorava para chegar a anápolis. não sabia o caminho. não sabia quais cidades existiam antes e depois de anápolis. mais uma vez: eu estava no banco do passageiro e minha mãe de motorista. resumindo: devido às novas reformas da br, minha mãe perdeu a entrada da cidade e andamos 93Km(!) a mais. voltamos, mas não chegamos em anápolis em tempo hábil de encontrar a delegacia do trabalho aberta.

agora me explica: se eu não estava dirigindo, por que ainda me sinto culpada por não ter visto a placa que indicava a entrada de anápolis?

4.11.10

esses dias, fui pegar umas coisas na casa do ex-xuxu, deixar outras e devolver as chaves da casa para a mãe dele. tudo sobre controle até tirar as chaves do meu enorme chaveiro de pelúcia azul e coloca-las nas mãos dela. chorei. pois é. ainda estou triste por isso. acho que nunca encontrarei alguém para dividir a vida comigo de uma forma tão plena e sincera. e como diria lady gaga: "i don't wanna be friends", mas, infelizmente, não quero um "bad romance". escolhas difíceis de uma vida adulta.

16.10.10

Moda chuva






fazendo matéria sobre sombrinhas, capas de chuva e galochas, achei essa fotinha fofuxa.

12.10.10

Divorcio

ces't fini! não sei se é assim q se escreve. mas é isso. acabou-se o que era doce. bem, nem tão doce. depois de dois meses de indecisão, meu namoro de treze anos (isso tudo?) chegou ao fim.

se tenho mágoas? claro! que tipo de mulher amarga eu seria se não saísse magoada de um relacionamento que durou tanto tempo? lembra que "meu coração é um caldeirão amargo que cozinha pedras"? pois é: mágoas, mágoas, mágoas. porém, eu sempre fui a favor da eutanásia. portanto, dar tiros em moribundos é mais um ato de amor do que qualquer outra coisa. e esse relacionamento estava condenado há dois meses, mas o rapaz (antigo xuxu) não se decidia. então esperei até não aguentar mais e lhe dei o último ultimato na sexta. não queria uma conversinha cara a cara. um tiro certeiro no quase defunto, agora morto, bastava. terminar por telefone foi um alívio. sair da indecisão foi um alívio.

hoje, sou um clichê ambulante. fisicamente doente, tossindo, infecção de garganta, remédios, cama. quero falar mal dele, mas não vou. só um pouquinho: como ele também é um clichê em minha cabeça, logo aparecerá ao lado de uma garota de 17 anos deslumbrada com o trintão acima do peso. só para constar, eu já fui essa garota deslumbrada por um trintão acima do peso. só espero que ela não a engravide, pois, pelo que eu sei, ele não quer ter filhos.

é isso. agora só me resta cortar os cabelos e envelhecer sozinha para sempre com um monte de gatos, pois eu não terei filhos.

27.9.10

Minha caneta não é um cetro

as grades curriculares das universidades de jornalismo dizem que ensinam ética aos futuros profissionais. aliás, um dos argumentos dos jornalistas graduados em favor da exigência do diploma para exercício da profissão é que, segundo eles, a ética jornalística só poderia ser aprendida nas faculdades. quanta bobagem! os professores podem até tentar ensinar, mas, daí, os alunos aprenderem e aplicarem é outra coisa.

não sou jornalista diplomada. sou formada em comunicação social, mas sou habilitada em publicidade e propaganda. fiz o curso de jornalismo até o quarto semestre e deixei o resto para depois. apesar de não ter diploma de jornalista, sou contratada por um jornal para escrever matérias jornalísticas de segunda à sexta. na minha opinião, não ter diploma não me faz uma profissional ruim e nem ter diploma faz alguém um bom profissional. acredito ser uma pessoa ética. também acredito que, se alguém não tem os princípios da ética incubados em seu ser ao entrar na faculdade, a partir dos 18 anos, pode até aprender o que ser ético significa, mas, dificilmente, a aplicará esse aprendizado em sua vida pessoal e profissional.

pois bem. acho que fui anti-ética ao publicar a útima matéria de uma trilogia sobre o vinil. conversei com outros jornalistas e eles me disseram que eu agi conforme as regras éticas da profissão, mas eu discordo deles.

no decorrer da confecção das minhas reportagens que durou uma semana, escrevi um e-mail-entrevista para a monstro discos. escrevi uma vez, telefonei. escrevi outra vez e telefonei de novo. escrevi uma terceira vez e não recebi resposta. finalizei a ´última matéria sem falar nada sobre os vinis da monstro discos. eu acho que agi de forma errada. e daí se eles não me responderam? mencionei o thomas edson na reportagem e ele não me mandou nem um recado. falei sobre a fábrica da polysom sem receber ao menos um telegrama animado. mesmo assim, porque ele e ela eram importantes para a história do vinil, eu escrevi sobre eles. por que com a monstro foi diferente?

a razão é que me senti desprezada e, como vingancinha, no alto do meu trono, no meu cubículo, decidi excluir a monstro discos de uma matéria apesar de saber da importância do selo para a história goiana do vinil. só porque não responderam meu e-mail. fui um reizinho com um cetro de plástico. o pior é que, quem conhece a monstro e lê minha reportagem deve pensar: "que repórter idiota. será que ela não sabe a importância que a monstro tem nessa história toda?" e, para piorar tudo, a monstro respondeu meu e-mail depois de a matéria ter ficado pronta e eu a ter repassado para meu editor. respondeu depois do prazo que eu lhes tinha dado, mas respondeu.

prometo não fazer mais vingancinhas no futuro apesar de essa ser uma prática apoiada por jornalistas formados ou não.

22.9.10

Polícia da moda

a polícia da moda (pm) quase me prendeu hoje. é a segunda vez que ela me pega na mesma infração e me libera apenas com uma advertência. se for pêga de novo infringido as regras, não haverá perdão. por isso, tenho que descolorir a raiz do meu cabelo este fim de semana senão...

20.9.10

Atrás da porteira

finalmente segunda chegou! pensei que nunca ouviria minha boca dizer isso, mas, durante o festival vaca amarela da fósforo cultural, realmente senti um pouco de falta da segundona. não que o festival tenha sido ruim, longe disso. é que trabalhar durante todo o evento, nos dois dias, foi realmente cansativo. tenho dó do pessoal da técnica que montou os palcos, operou o som e depois ainda desmontou tudo. nesta edição fui co-apresentadora das bandas e co-porta-voz do vaca amarela ao lado do meu amigo e ator cristiano mullins. tirando o cansaço causado pela extensa duração do vaca, foi divertidíssimo.


apresentamos as trinta e duas bandas mais o velhas virgens e o lobão. foram "trinta e quatro bandas de goiânia, do interior de goiás, de onze estados brasileiros e uma da argentina"! falei este texto tantas vezes que acho que só me esquecerei dele na véspera de natal. o nosso camarim foi improvisado atrás do palco e ao lado do camarim de verdade alugado para uso exclusivo das grandes atrações. se eu quisesse ir ao banheiro, tinha que ir ao banheiro que todo mundo usava. nada contra usar o que é coletivo. o problema foi enfrentar uma fila gigantesca sabendo que a qualquer momento eu poderia ser chamada para o palco.

vitor cadillac fazendo pose com meu tule na porta do camarim que não era meu


trocar de roupa na frente de todo mundo foi um pouco constrangedor e eu fiz isso inúmeras vezes durante os shows. mas o bom ator é mestre na arte de fingir, então, fingi que não tinha vergonha e troquei de figurino com todo mundo olhando. ah, sim: o meu figurino. não sabia o que usar, portanto usei quase nada para cobrir as pernas: apenas meia arrastão preta e rasgada na sexta e branca inteirinha no sábado. na verdade cobri tão mal as pernas que parte de bunda ficou meio descoberta também e, durante as apresentações, eu lutava com meus nano-shorts (preto na sexta e branco no sábado) para mantê-la dentro dos panos.

 
tive um torcicolo no pescoço e uma câimbra na bunda fazendo essa pose com o mullins para o alessandro ferro tirar a foto

tudo correu relativamente bem durante o primeiro dia. o único problema que tivemos foi com o lobão. o festival tinha dois palcos, um ao lado do outro. enquanto uma banda apresentava-se no palco um, a outra passava o som no palco dois. assim que acabava o show da primeira banda, fechava-se as cortinas do palco um e abria-se a do palco dois. mullins e eu já estávamos no palco com microfone na mão, apresentávamos a banda seguinte e saíamos do palco dois. depois, vice-versa. todos os shows foram assim, mas na hora da atração principal se apresentar, houve um hiato de uns quinze minutos.

ainda sentia dor fazendo a segunda pose


isso aconteceu porque o lobão só saiu do camarim especial depois que a penúltima banda tocou e depois que a banda dele passou o som. ainda por cima, a produção do bichão queria que anunciassemos "o cara" no palco dois que estava va-zi-o, es-cu-ro e sem pla-téi-a! o mullins deu piti e eu o acompanhei. dissemos que não iríamos apresentar daquele jeito, houve uma confusão de alguns segundos e a produção do lobão pediu que anunciássemos "o cara" no mesmo palco. anunciamos o homem sem mais delongas, ele começou a tocar sem ao menos soltar um "boa-noite" e foi embora depois do show sem dar uma entrevista para os jornalistas que o aguardavam há horas na saída. o destaque era para mim, claro que estava vestida de chapeuzinho vermelho modernex e para o mullins que vestia regata, bermuda, coturnos e tule pretos.

cheguei em casa por volta dàs 4:30 da manhã.

o jornalista marcellus araújo (de branco) ficou até às 5:30 esperando o lobão dar uma entrevista e não ganhou nem tchau do bichão

sábado, dia de labuta, toquei para a feira da estação para apresentar, ao lado de cristiano mullins, o segundo e último dia do festival vaca amarela. começamos meio mornos e sonolentos, mas nos recuperamos no decorrer dos shows. não mencionei antes, mas o meu camarim aberto ficava entre o palco dos shows à frente e uma pista de skate atrás. e nessa pista rolava discotecagem. e a discotecagem rolava alto. portanto, a gente ficava no cruzamento de dois sons altos das 10:00 da noite até às 4:00 da manhã. lá pela meia-noite eu já estava ficando meio lelé.

olhando essa foto vejo que preciso melhorar minha postura


vi muita gente no orkut reclamando que o som dos palcos estava alto no segundo dia e muita gente dizendo que estava normal. a banda mugo disse na comunidade goiânia rock city que o som do palco estava "lindo, cara", mas não estava não. estava muito mais alto do que nos outros shows. acho que o pessoal da banda estourou os ouvidos nos estúdios aumentando o volume das cordas e dos vocais para acompanhar a marretada da bateria, ficaram meio surdos e por isso acharam que tava tudo "lindo, cara". a partir do nitrominds, passando por claustrofobia e chegando ao mugo, o volume estava no máximo. eu faço coro com os outros reclamões: faltou um lugar com o som mais baixo para esfriar a cabeça e aguentar mais tempo no festival. tirando isso, tava lindo, cara!

chapeuzinho que fiz para me apresentar. acho que vou patentear e vender no festival do ano que vem. vou ganhar horrores!!!

p.s. uma anedota: a vocalista do velhas virgens pediu a alguém que arrumasse dois grampos. minutos depois, chegou às mãos dela dois gramas. isso que é eficiência, viu?

16.9.10

Sono eterno

ainda não me acostumei a trabalhar a partir das 8:00 da manhã. trabalho até a 1:00 da tarde com sono e, quando chego em casa, desperto, mas não tenho muito ânimo para fazer algo produtivo. só volto a ter sono lá pela meia-noite às custas de alguns remédios. e acordo com sono de novo.

será que um dia isso passa?

10.9.10

Carros da Disney

hoje, voltando para casa, após uma manhã de trabalho quase remunerado, encontro ninguém menos que o ator que fez o personagem relâmpago mcqueen no filme carros da disney. não perdi tempo: saquei o celular e tirei uma foto dele. simpático, ele não se opôs.

9.9.10

Cortesia

eu só quis ser jornalista para entrar de grátis nos espetáculos. mentira!

eu só quis ser jornalista porque falaram que eu não poderia sem diploma. verdade!

eu só quis ser jornalista. é só isso. eu quis e fui fazer uma faculdade que presta, a alfa, diferente da ufg, que presta mais ou menos. mais menos, na verdade. um dia eu termino essa porcaria.

para o terror dos sindicatos e da reserva de mercado, meu objetivo é ser publicitária, jornalista, relações públicas, radialista, audiovisualista e qualquer outra ista que inventem na área de comunicação social. eu tenho um diploma*, porra! isso deveria bastar para trabalhar em qualquer área da comunicação humana. se aparecesse um emprego de telegrafista, daqueles antigos que falam em morse (pi-pi-pí pi-pi-pí), eu deveria estar qualificada a me qualificar para esta função sem decreto ou lei ou cut que me fale o contrário.
*de publicidade

abaixo as regulamentações!

abaixo o diploma!

abaixo a reserva de mercado!

abaixo os sindicatos que só sabem gerir a si mesmos!

abaixo meus pés e acima minha cabeça. é bom me lembrar disso antes de fazer qualquer matéria e me desesperar por não saber como começar. por falar nisso, meus títulos continuam a ser mudados pelo editor. agora que mudou de editor, será que isso vai mudar? aguardem novos capítulos do lady no dm**.


**deu merda

p.s.: sou totalmente a favor dos sindigatos fialiados a cute

2.9.10

Ainda não fui contratada, mas...

já publicaram minha primeira materia no diario da manhã. como tudo na minha vida é mais complicado, minha contratação líquida e certa tem sido adiada por motivos logísticos. o rh precisa, entre outros documentos, da minha carteira de trabalho para fazer as devidas anotações. o problema é que a dita cuja está no ministério do trabalho e só sai de lá daqui ou amanhã, ou só na quinta-feira que vem, pois a responsável pela minha carteira no mt só trabalha às terças e quintas. então, ou ela ficou pronta hoje e eu posso pegar amanhã, ou a responsavel vai mexer com ela só na quinta-feira, pois terça-feira que vem é feriado. meu xuxu sugeriu que eu fosse a um centro espírita desamarrar essa minha vida engringolada.

deixa quieto! como prometi, aqui vai o link da minha primeira materia publicada no dm:



mudaram o título e o olho, mas isso é normal no jornalismo, não é?

30.8.10

Quando ir ao RH é bom

"você pode ir ao jornal amanhã e procurar o rh para fazer a contratação. você pode começar essa semana?"

yupi!

podem começar a comprar o diário da manhã amanhã para pagar meu salário.

Qual é o limite?

não posso usar o blog para reclamar das pessoas com quem eu convivo. seria uma deselegancia publicar aqui o que sinto em relação a algumas pessoas. publicar para o mundo... ok, agora eu fui pretenciosa: o que eu escrevo no meu blog não é lido pelo mundo inteiro. talvez, se eu escrevesse em inglês, poderia ter uma certa pretenção à fama mundial. além disso, este blog não é lá essas coisas em termo de audiencia. não! não vá embora, continue a ler. estou falando em termos de quantidade e não qualidade. é claro que você, meu leitor, é importante para mim. ah! a quem estou enganando. ninguém lê essa porcaria. certo? está bem. eu paro de fazer chantagem se você voltar para ler mais um post amanhã. certo? jura que volta?

desenho de Van den Bosch

29.8.10

Demorou, mas saiu

após uma gestação de três dias ou quinze horas, pari duas belas meninas. uma pesando 7.630 caracteres e a outra 4.287. e olha que elas são até bonitinhas! pois é. estou falando das matérias-teste que fiz para o diário da manhã e que consegui extrair do meu cérebro na base da coação. achei que seria fácil, pois escrevo constantemente, mas a prática foi mais angustiante do que eu imaginava.

os temas eram fáceis para mim: uma pauta era sobre mau humor e a outra sobre esmaltes berrantes. ora, sendo eu uma pessoa mau humorada, parente de pessoas mau humoradas, amiga de pessoas mau humoradas e namorada de um mau humorado, seria fichinha. que nada! só depois de entregar a matéria é que fui lembrar que mau humorada se escreve com "l". quanto aos esmaltes, cujos tons prefiro azulados, me embananei na hora de escrever sobre as marcas. escrevi lá no negocio que o esmalte renda, um dos mais vendidos do brasil, é da impala. da impala! todo mundo sabe que o renda é da risqué. se você não sabia, pois fique sabendo que o meu ex-futuro chefe certamente sabe.

fora isso estou tranquila. se for contratada, publicarão as matérias e eu colocarei um link por aqui. se não for contratada, que desgraça! vou colocar fogo no meu cabelo e polir a careca com um litro de esmalte renda da risqué.

27.8.10

É só escrever, certo?

sábado é meu último dia de entrevista-teste no diário da manhã. me passaram duas pautas para que eu escrevesse duas matérias em três dias. bastante simples, não. entrevistei minhas fontes, pesquisei na internet e... nada! na hora de escrever me deu um branco. não saiu título, o olho não deu as caras, nem minhas anotações eu parecia entender. fiquei hoje na redação correndo atrás do meu próprio rabo. acho que o desespero ainda transparecia em minha cara apesar de me esconder atrás dos meus óculos. o tempo da faculdade de jornalismo, as aulas de redação publicitária, análises do machado de assis para o vestibular, minha primeira gramática, tudo sumiu da minha cabeça.

mas ainda tenho uma chance amanhã. é só chegar lá e escrever uma matéria de sete mil e quinhentos caracteres e outra de três mil. e a segunda é sobre esmaltes. três mil caracteres falando sobre esmaltes. ai, ai... estou ferrada!

25.8.10

Mamãe, acho que vou pro dm

não, não sairei em mais uma reportagem no diário da manhã. amanhã, às 9:00am, farei uma entrevista-teste de emprego. tomara que dê certo.

23.8.10

Desanimei...


depois de muitos dias postando por aqui diariamente, desanimei. os acontecimentos de quinta-feira passada (vide o post do dia 20/08) aliados a um fim de semana que passei revesando entre a cama e o sofá me fizeram desacelerar. o fato de eu não saber se o que eu escrevo é lido ou não também me afastam deste blog. até deixei de lado a revirada cultural. sou apenas mais uma querendo atenção na net.

http://www.youtube.com/watch?v=MuQ0AQ7YWS8&feature=search

20.8.10

Pense antes de pedir socorro

ontem foi um dia tão estressante quanto inutil.

acordei com uma ligação urgente. precisava ir so sindicato levar minha documentação para que outra concursada pudesse fazer não sei o que lá. minha irmã nos levou de carro, minha mãe e eu, pois tinha que ir não sei aonde fazer não sei o quê. mal setei na sala de reunião, meu telefone toca. minha irmã tinha batido o carro na porta do sindicato e gritava pela minha mãe. note que minha mãe, por motivo de economia, também pe minha advogada. ela me deixou só com a outra concursada e mais três advogados para socorrer minha irmã. minutos depois, mamis chegou com a noticia: minha irmã tinha realmente batido o carro e não havia nada que se pudesse fazer porque o outro motorista, apesar de errado, fugiu da cena do crime. a reunião prosseguiu e, assim que ela acabou, notei que nada que eu tinha levado foi-me pedido. eu fui lá só para que minha irmã pudesse bater o carro da minha mãe e desse o prejuizo de três mil reais.


de tarde, mamis e hermanita saíram no carro batido para fazer coisas que advogados fazem numa tarde de quinta-feira. lá pelas 5:15pm, recebi outra ligação. era uma amiga da minha mãe que tem um marido louco, alcoólatra e pm. no telefone, ela chamava minha mãe e gritava: SOCORRO! EU VOU MORRER! ME ACODE! não, isto não é uma hipérbole. não deu para falar nada com a mulher: ela não me ouvia e só gritava.

fiquei louca! liguei para minha mãe que nunca carrega o celular, pois ele sempre está carregando em alguma tomada da casa. liguei para minha irmã e, para meu desespero, ouvi o celular dela tocando no quarto. procurei o telefone da mulher, liguei e nada. só consegui achar um endereço em uma agenda velha. liguei para o 190 e logo desliguei. o que poderia falar? nem sabia se a amiga da minha mãe estava no endereço da agenda. catei a agenda e saí à rua à procura de um taxi ou de uma viatura, o que eu achasse primeiro. achei um taxi.


cheguei no endereço da agenda, pupilas dilatadas, pressão sanguinea nas alturas e adrenalina bombando no cérebro. interfonei no apartamento da mulher SEU PAI ESTÁ TENTANDO MATAR SUA MÃE! e a filha dela atendeu na maior calma do mundo falou: minha mãe te ligou? vou ligar para ela. fiquei na portaria alguns minutos, aplicando aquela técnica de lamaze para acalmar minha respiração. a menina me interfonou e pediu para que eu subisse sem se alterar com nada que eu havia dito.


no fim das contas, a mãe da menina tinha levado o pai totalmente bêbado e surtado para ser internado na pax clínica e a médica plantonista havia se recusado a atender o paciente alcoolizado, apesar de já ter feito isso antes. a amiga da minha mãe surtou com a possibilidade de levar o marido louco para casa, teve um ataque de pânico e ligou para todo mundo que conhecia falando que ia morrer. três viaturas apareceram na pax e o problema foi resolvido com uma internação e um b.o.. mais tarde, minha mãe cegou ao apartamento, a mãe também (trazida por uma viatura) e elas ficaram conversando sobre isso até umas 8:30pm.



dia inutil! mas houve uma lição: antes de você me chamar para ajudar em qualquer coisa, eu repito, QUALQUER COISA, pense se você realmente precisa de mim ou se é só um bicho de pelúcia nas suas costas!

A violencia é vermelha

Impressões da peça Olho da Cia Oops!.. que também fez parte da programação da revirada cultural



Semana passada, escolhi o veneno perfeito para uma noite de sexta-feira 13: a peça Olho da Cia Teatral Oops!.. (ainda não descobri o porquê desses dois pontinhos). Escolada em peças teatrais, dei uma lida no release que rolava na internet para não chegar lá e ficar boiando na historia. A encenação é uma adaptação do conto “Coração Delator” do senhor Edgar Allan Poe – um escritor que eu gosto. Não conhecia este conto e poderia tê-lo lido on line, mas preferi não fazê-lo para não ter uma ideia pré-concebida e deixar que a peça me surpreendesse. Já havia visto outra peça da Cia (Macário), mas não tinha gostado muito da atuação estilo tremelique (ou teatro físico). Como gata escaldada, não esperava grande coisa. Felizmente, quebrei a cara (viu que não é bom ter idéias pré-concebidas?).


Estava só e cheguei cedo ao Goiânia Ouro. Desci para a Rua 3 a fim de fumar alguns minutos e fiquei observando a movimentação na entrada da Galeria Ouro e o bafafá da abertura da Revirada Cultural no rumo do Grande Hotel na Avenida Goiás. Subi e aguardei mais alguns minutos no café, ainda observando as peculiaridades da estranha fauna (eu, inclusa) que frequenta teatros na cidade. A porta do teatro se abriu e eu me dirigi a uma cadeira estrategicamente escolhida para que eu pudesse tirar algumas fotos com minha câmera digital compacta. Assim que a peça começou, tentei tirar uma foto discretamente, mas o flash disparou no primeiro clique. Senti todo o teatro, incluído o ator em cena, me xingando mentalmente. Decidi fazer fotos de peças só depois que eu compasse uma câmera que preste.



O Teatro Ouro tem um palco pequeno e combinou perfeitamente com a cenografia minimalista da peça. Em cena, apenas o necessário ou menos que isso. Ali uma cadeira poderia se transformar em duas ou três ao sabor dos eventos, assim como o relógio enorme que marcava sempre meia-noite poderia indicar 4:00 da manhã sem mover um ponteiro. O ator também estava sozinho em cena, mas podia travar alguns diálogos servindo-se apenas de vozes já gravadas como se estas, talvez, estivessem apenas na mente do personagem.



Uma luz primorosa no palco contrastava com uma luz dura de uma lanterna a pilhas que o ator jogava direto na platéia ou em seu próprio olho (o que devia doer um pouco) de acordo com as nuances do texto. A trilha sonora, composta especialmente para a peça me fez arrepiar em vários momentos. Quanto à atuação, na minha opinião, foi muito boa. Ainda se via os preceitos do teatro físico, mas sem os tremeliques excessivos que vi em Macário.



No momento em que descreve seu crime, o mordomo (nem Poe conseguiu fugir desse clichê) usa um lenço vermelho no lugar do cadáver. Se a magia do cinema está em dar movimento a coisas imóveis, a magia do teatro está em firmar um pacto entre ator e audiencia no qual o primeiro finge que é e o segundo finge que acredita que é. E como eu acreditei naquele fingidor! Olhar aquele lenço enquanto ouvia aquelas palavras de ódio foi quase repugnante. Adorei.

Aguardem novas atuações e insultos*.

Goiânia, 16 de agosto de 2010

*este texto vai figurar na minha coluna atuações do insulto.org. infelizmente não pude sincronizar a publicação do texto com a peça ainda em cartaz. estamos (insulto e eu) resolvendo esse tipo de atraso.

19.8.10

Alô, som!

teste

teste

deixe um comentario se você passou por aqui. preciso saber se continuo escrevendo para as paredes.

teste

teste

alô, som!!!

Odeio performances (apesar de fazê-las)

continuando a saga: "revirada cultural, é sério mesmo ou é poesia para boi dormir?", marquei na agenda uma performance:




17h30 – Esquina Revirada - Solos de Baco – Performance Teatral na Av. Goiás c/ Rua 2 - Centro

cheguei atrasada porque fui consertar meu relogio de pulso para não chegar mais atrasada aos meu compromissos. sentei-me em um banco do canteiro central da avenida goiás 17:45. em uma árvore, um tecido vermelho pendia se arrastando pelo chão sujo de poeira. fiquei sapeando o movimento de um povo esquisito do outro lado a rua que carregava uns regadores grandes e os espalhava pelo canteiro onde eu estava. 


lá pelas 18:10, uma garota escalou o tecido, se fechou em um casulo e ficou por ali muito tempo. enquanto isso, do outro lado da rua, outra garota começou a gritar algo que foi abafado pelo trânsito, jogando balões cheios d'água em uma parede. se passaram alguns minutos até que o carinha com uma camiseta da revirada cultural escrito "produção" entregou à gritadora um megafone. o trânsito continou a abafar o que ela gritava. sei que ela repetia o mesmo texto, pois consegui entender algumas palavras que ela sempre gritava como: "colírio colorido", "caos da massa" e "atolada" ou algo assim.


o resto da trupe corria para baixo e para cima com os regadores cheios de água, regando os canteiros, eles mesmos ou regando uns os outros. como estavam todos tão dispersos, quem passava por ali não podia entender que o que eles faziam era arte. eu, que fui lá só para vê-los, não entendi o que eles queriam dizer, se é que queriam dizer alguma coisa. 


fiquei atenta aos comentarios dos transeuntes e ouvi coisas interessantes. uma senhora de cabelos grisalhos apontou para a garota que fazia acrobacias no tecido e disse que ela parecia uma borboleta saindo de um casulo (dã!). outro garoto que descia a avena goiás acompanhado por duas meninas disse que não acreditava estar vendo malabares em pleno centro de goiânia. já uma mulher que se sentou ao meu lado apontou para a garota dos balões de água e disse que aquela ali era doidinha mesmo.


a conclusão que tirei dessa aventura é que uma performance de rua tem que ser bem planejada e executada para dar certo. é preciso um bom sistema de som que pode ser gravado ou ao vivo, contando que seja ouvido. restringir o espaço de atuação também é importante, senão parece que soltaram uns loucos por ali e esqueceram de recolher. cenas curtas e repetidas são necessarias, pois o público geralmente não para o que está fazendo para ver uma bobagem dessas. ah, sim: UMA MENSAGEM a ser passada é impressindivel. senão vira um monte de bobo agredindo paredes e gritando para os carros.

p.s.: ganhei esse origame aí na foto de um dos regadores.

p.s.2: as fotos foram tiradas com meu celular. ainda tenho que comprar uma câmera pelo menos razoavel para tirar fotos e publicá-las por aqui. estas estão sofriveis.

17.8.10

Intercâmbio literario

continuando minha saga pela pretenciosa revirada cultural de goiânia, marquei na agenda:

8h às 17h – Feira do Troca Livros na Praça Joaquim Lúcio

depois de procurar no mapa onde fica essa praça, peguei uma carona com mamis e saltei em campinas com uma sacola de papel cheia de livros que não queria mais. de longe se via um banner mal feito pendurado no coreto da praça: feira de troca de livros. à frente desse banner, uma banquinha com alguns livros em cima e uma mulher sentada numa cadeira ao lado. sentada em outro banco, de frente para a banquinha, uma outra mulher com uma camiseta com a logo da revirada cultural.



numa breve conversa, a mulher do banco que parecia ser funcionaria de uma biblioteca municipal, disse que esse evento foi planejado muito rapidamente (uma semana) e não deu tempo de preparar a feira de troca apropriadamente. esclareceu, então que o que estava acontecendo ali era, na verdade, uma feira de doação: eu daria o que ela quisesse e levaria o que eu quisesse. entre todos os livros que levei para trocar, ela escolheu o código da vinci e uma versão paradidática em inglês do eu, robô do asimov. apesar de ter levado os livros, fiquei em dúvida se dava ou não do código da vinci, pois ele tinha sido um presente meu para meu defunto pai. ainda tinha uma historia de que, a adaptação desse livro para o cinema foi o último filme que vimos juntos antes dele morrer comido pelo câncer, mimimi...



enfim, larguei de sentimentalismos, copiei a dedicatoria que escrevi para meu pai e abri mão do livro. em troca, peguei uma coletania de contos dos reader's digest datada de 1965, um analista de bagé antigo e uma edição barata de dom casmurro novinha. enquanto eu esperava o ônibus para ir embora, me distraia ouvindo uma profeta louca berrar através caixa de som na praça joaquim lucio. não entendia nada o que ela falava, mas a roupa de lantejoulas que ela usava estava realmente primorosa. peguei um ônibus que deu um milhão de voltas por campinas e cheguei em casa pouco antes de minha irmã entrar pela porta da frente. ao comentar minha pequena aventura literaria, descobri que ela estava lendo o código da vinci. com a cara no chão, entreguei a ela o marcador que estava no livro e prometi lhe dar outro exemplar novinho.



"Para meu pai,
Que possamos, juntos, desvendar 
este misterioso código que vem causando 
polêmica na imprensa e na literatura mundial
24/12/2004"

Revirada (de estômago) Cultural

a prefeitura de goiânia, a fim de abocanhar votos dos culturetes, inventou uma tal de revirada cultural com uma programação quase diária de perfomances, shows, mostras e até malabares de sinaleiro por dois meses. pensei, com o perdão da palavra, "puta que pariu!", para uma programação dessas, vale a pena tirar o chapéu. no orkut, desculpe-me o modismo do vocábulo, os trolls logo começaram a falar mal do evento enquanto outros entusiastas defendiam a iniciativa municipal. note-se que os trolls reclamavam dos artistas escolhidos e, em hora nenhuma, duvidaram do sucesso dessa coisa do sr. rezende machado.




a abertura, na sexta-feira 13, foi apoteótica com direito a fogos de artificios em frente ao grande hotel, na rua 3. coincidentemente, passei por lá de carro, na hora do foguetorio, depois de assistir a peça olho da cia oops!.. que também estava inclusa na megaprogramação. mais detalhes sobre a peça você poderá ver na minha coluna atuações do insulto.org.

pois é...

como estou, escusai-me o eufemismo, procurando emprego, resolvi marcar alguns eventos aqui no centro, perto da minha casa, que gostaria de ver. também preciso fazer exercícios com meu pé pós-operado e como estou, perdoai-me o palavrão, sem um PUTO! no bolso, resolvi ficar andando pelo centro sorvendo alguns ares cosmopolitas de cultura goiana enquanto malhava o pobre pezinho.


15h – Esquina Revirada com o Grupo Trupicão Cia. de Teatro – Performance na Rua 4 c/ Rua 8 – Centro

cheguei às 14:50 e nada. fiquei lá até às 15:15 e nada. fui ao centro de medicamentos de alto custo juarez barbosa, na rua 4 com a tocantins, peguei uma senha, peguei meus remedios para esquizofrênico (juro que ainda não sou), voltei à rua 4 com a rua 8 às 15:50 e nada. perguntei a uns caras que montavam um palco na rua 8 com rua 3 se eles sabiam algo sobre a performance e eles me informaram que só sabiam que tinham que entregar o palco às 17:00 e mais nada. 
fiquei por ali, bebendo uma coca zero e visitando brechós até às 16:45 e nada. passei em uma lotérica, peguei uma fila enorme e joguei os mesmos números que sempre jogo na mega sena que um dia hei de ganhar.

16h30 – Esquina Revirada com Marcos Lobo - Mostra Fotográfica na Av. Goiás c/ Rua 5 - Centro

desci a avenida goiás até a rua 5 e, às 17:00, nada. rodei em círculos por ali, procurando qualquer indicio de fotografia e nada. 


às 17:05, desisti dessa revirada cultural, agora ofenda-se com a palavra, da desgraça e fui tomar um café com pão de queijo no café rancheiro da rua 4 com a rua 6 - centro. pelo menos, lá, eu sabia que encontraria as atrações que procurava até às 18:00. 

p.s.: tinha marcado na minha agenda: "17h – Comício Poético no Terminal Pe. Pelágio", mas, depois de tanta decepção, não arrisquei, fodam-se os clichês, a dar com os burros n'água em plena hora do rush.

p.s.2: mais tarde, fui ao goiânia ouro encontrar o xuxu. passei na porta do grande hotel e estava tendo uma aula pública de capoeira. no palco montado na rua 3, havia um showzinho com um público de cinco pessoas e dois gatos beirando um churrasquinho. finalmente, no teatro goiânia ouro, realmente aconteceu outro showzinho que estava marcado na programação com uma audiencia um pouco maior. não me dei o trabalho de assistir nenhum desses eventos.


p.s.3: como sou brasileira e não desisto nunca (ditado da porra!), amanhã tentarei ver algo dentro dessa programação que me apeteça.

15.8.10

Mamãe, tou no dm*! (de novo)

blogueiro a-do-ra falar que apareceu no jornal. devo confessar que, quando isto acontece, há uma sensação de legitimação do que se é escrito neste meio tão democrático e aberto a qualquer um que saiba escrever e tenha internet. o mesmo vale para quando outros textos do blogueiro são publicados em outros sites que não o seu blogs. essa acessibilidade tão ampla e a existencia de tantos blogs dos mais variados níveis acabam fazendo com que esse tipo de comunicação seja subestimado. isto pode ser irritante para quem tem a pretenção de escrever bem. acho que, se o STJ não tivesse derrubado a obrigatoriedade do diploma para se exercer a função de jornalista, as associações dos diplomados iriam começar a exigir diploma dos blogueiros a qualquer momento alegando potencial desserviço público.

exigencias de diplomas à parte (sempre fui contra isso), a questão é que eu saí no jornal de novo. e, por coincidencia, o que saiu no diario da manhã neste sábado está relacionado com meu post anterior. o negocio é que a materia nem tem muito a ver com o que eu escrevi, mas já estou gritando para todo mundo que meu nome saiu no jornal. eu mostrei para minha mãe e até comprei um exemplar para guardar.

não consegui achar a materia on line, mas, para quem quiser ver, acesse o site do dm na versão digital do dia 13 de agosto, vá até o dm revista, ignore as garotas seminuas da capa do caderno e olhe na página 3. lá você verá uma materia sobre a minha defunta banda fantasma de agnes num quadradinho a direita. aqui vai a imagem que saiu no jornal e que eu publiquei na minha materia, digo, no meu post passado:



*diário da manhã

p.s.:  também tem um texto meu no insulto.org - dá uma olhaaada! (voz da bete coelho apresentando gnt fashion)

12.8.10

CDs, fotos e egocentrismo

eu costumava tocar baixo. toquei em algumas bandas, mas, no inicio da década (me senti velha escrevendo isso), toquei em uma banda que ficou famosinha no métier de gyn rock city. um dos fatores que levaram essa minha banda a ser conhecida foi a elogiada capa do nosso cd demo:

 

se você ainda se lembrar da minha cara, vai notar que este desenho foi feito pelo meu xuxu, baseado em uma foto minha. o guitarrista viu esse desenho e disse: é isso. então eu e o xuxu criamos um conceito e este executou o projeto.


outra capa de cd que tem sido elogiada esta capa do sangüínea - a banda do meu xuxu. fizemos uma sessão de fotos na casa dele e eu tirei fotos da banda, para logo em seguida, ele tirar fotos minhas para o cd demo do sangüínea. estava eu tirando fotos com pouca roupa quando o guitarrista sugeriu que eu usasse um capacete. a melhor foto da sessão foi a do capacete e ela acabou no capa do cd.

cheguei a uma conclusão durante uma conversa no messenger com o xuxu: basta o xuxu pegar uma foto minha, criar um conceito e dar uma mexidinha para se fazer uma boa capa de cd. minha sugestão de foto para o próximo cd do sangüínea é esta aqui embaixo. basaeado nessas experiencias prévias, tenho certeza de que será uma capa excelente.

11.8.10

Por que tudo que você faz é sempre tão difícil?

perguntou-me o xuxu. sinceramente, eu não sei. certamente minhas escolhas me levam a isso. talvez eu eu só consiga ver aquilo que está (quase) fora do meu alcance e ignore aquilo que está ao meu lado, mas quem, eu me pergunto, não desejaria ganhar na mega sena? okie dokie, este exemplo está virtualmente fora do meu alcance, mas ele passaria de pouco provavel a impossível se eu, pelo menos, não jogasse os mesmos números de vez em quando. além disso, entrar numa lotérica e jogar dois reais também não é um esforço sobre-humano.

pode ser que, procurando o que parece quase impossível, acabo não me culpando pelos meus próprios fracassos. ou ainda, que meus padrões auto-impostos sejam muito altos e, ao conseguir o que eu quero, não desisto tão fácil por parecer ser impossível repetir a façanha. bem, eu namoro o xuxu a doze anos. pense nisso levando em consideração o que eu acabei de escrever.

9.8.10

Segunda-feira - dia de começar dieta

não só dieta, mas segundona é dia de colocar em prática as resoluções de fim de semana. o mecanismo é o mesmo do aplicado nas resoluções de ano novo. a diferença é que, nas resoluções de fds, o tempo de desistencia é de apenas um ou dois dias, enquanto que as resoluções de fda levam alguns meses para serem abandonadas.


hoje é dia de abandonar os doces que como nos fins de semana (snif!), escrever no blog, fazer telefonemas, escrever e-mails e correr atrás da minha nomeação como concursada da agecom (agencia goiana de comunicação). esse último ítem tem me deixado preocupada e infeliz. espero ser nomeada logo para que eu possa ser infeliz por outros motivos. o que posso dizer? acho que sou uma garota ansiosa.

5.8.10

Sou funcionaria pública e foda-se

infelizmente, o hábito de olhar para o próprio umbigo ainda é da maioria dos brasileiros. grande parte da população ainda não percebeu que garantir o direito do meu igual é garantir o meu direito também. recentemente passei num concurso público e, como ainda estou me recuperando da operação no meu pé esquerdo (lei-se estar desempregada), entrei na comissão representativa dos concursados a fim de garantir minha vaga e seguir os passos de meu defunto pai como funcionaria pública.

durante última reunião, expuz os problemas e as questões jurídicas que podem me impedir de ser nomeada e ainda falei que todos os aprovados para a mesma função que eu estão na mesma condição. perguntei, então, se a comissão tinha uma noção de quantos outros aprovados estariam com as mesmas dificuldades que a minha. a resposta geral, para minha surpresa, foi: "cuide da sua vaga, faça o que for preciso para que saia a sua nomeação e não se importe com os outros porque isso pode te prejudicar".

naquele instate, parte de minha alma morreu. sério! pode ser um exagero literário ou uma impressão exarcebada de deprimido, mas, durante aquela reunião, senti meu coração diminuir e faltar sangue no cérebro. em princípio, nos reunimos para nos fortalecermos e garantir o direito de cada um, mas vi que grande parte daqueles sentados diante de mim pedindo meu apoio poderiam me descartar a partir do momento que conseguissem o que queriam. apesar do discurso sindicalista "uni-vos!", apesar de jurarem que não me abandonariam se fossem nomeados antes de mim e me pedirem apoio à "nossa" causa, vi que a mentalidade ali era de cada um por si.


tenho a impressão que esse tipo de pessoa está mais apto a se transformar um um funcionário público brasileiro. aquele funcionário acomodado em seu cargo, com um ar blasé que ignora o fato de ele ser um servidor público (cuja função primordial é servir ao bem comum) e manda emoldurar e pendurar na parede atrás dele o artigo 331 do código penal como prova de seus poderes quase divinos sobre os meros mortais que não são ele.


até considerei desistir da comissão dos concursados, mas percebi que poderia fazer mais por mim se continuasse a lutar pelo direito de todos em que estão na mesma situação (um pensamento paradoxalmente egoísta). desconsiderei o conselho da comissão e estou entrando em contato com os concursados em situação similar a minha para que eu, como membro de uma comissão representativa, possa falar e ser ouvida


"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer"