19.3.11

Só me falta-me o glamour

 esta semana fui a um evento chic com minha mãe. o ingresso cobrado foi produtos de higiene para serem doados ao cevam - um centro de valorização da mulher em goiânia que abrigam mulheres e adolescentes que foram vítimas de violência. me arrumeu, maquiei, coloquei salto e fui para lá, principalmente, porque, no evento, também seria lançada uma empresa que faz doces de goiás e, claro seriam oferecidos amostras grátis durante a noite de overdoce.

antes de sair de casa, minha mãe insistia em colocar os brindes para o cevam em uma sacola de papel, daquelas bonitas que a gente ganha quando compra uma coisa em uma loja chique. eu, com preguiça, queria levar o lance na sacola de papel mesmo. mamis me encheu tanto que coloquei na sacola chic. fomos umas das primeiras a chegar, deixamos nosso carro popular nas mãos do manobrista e entramos. fomos recepcionadas por uma funcionária da loja que sediava o evente, assinamos o livro de visitas e entregamos a sacolinha para ela. ele pegou a doação e a colocou em uma cestinha ao lado da entrada.

o evento correu bem, os doces estavam gostosíssimos e, no meio do povo chic, andavam aqueles repórteres de programa de coluna social que a gente vê na tv fechada. os apresentadores eram, coincidentemente ou não, gordos. acho que eles ganham peso de tanto comer nesses lugares. é claro que não fomos entrevistadas, mas um fotógrafo tirou nossa foto e nos entregou um cartãozinho do site dele que chama arrozdyfesta para que a gente se visse na net depois.

barriga cheia, pé na areia. o detalhe é que, na saída, observei a cesta que acomodava as doações e elas estavam todas embrulhadas para presente. nada das sacolas plásticas de supermercado que a gente costuma ver amontoadas quando a entrada é uma doação. pois é. naquele dia fiquei sabendo que gente rica embrulha doação pra presente. super chic.

9.3.11

atualmente, eu tenho um ex-namorado. depois de treze anos de namoro, a gente terminou. o problema é que ele, o ex-xuxu, ainda toma grande parte dos meus pensamentos porque a gente ainda se fala, por telefone, por email, ao vivo, telepaticamente ou qualquer outra tecnologia disponívl. na minha opinião, isso não deveria ser assim. ele consegue ficar entre os meus trending topics com um simples truque: ele diz que me liga depois e não liga. assim, como não quer nada: "então tá, depois eu te ligo". aí ele fica na minha cabeça. é a última coisa em que penso antes de dormir: "porque será que ele não me ligou hoje" e a primeira que penso ao acordar: "será que ele vai me ligar?".

eu acharia isso aceitável se ainda fôssemos namorados. agora que somos não sei o quê, eu deveria estar pensando em gatinhos, borboletas ou em caras que não me ligam porque eu não tenho medo de fazer sexo no primeiro encontro. tenho que dar um jeito de sair dessa.

12.2.11

Porque adoro morar no Centro

desci do eixão e caminhei na avenida anhangüera em direção à avenida goiás. caminhando no meio do povo e dos ambulantes que ainda vendem coisas por lá, avistei uma garota-propaganda com panfletos na mão. diferente dos homens-sanduíche do compra-se ouro, a garota não entregava os panfletinhos para todo mundo. sempre fico curiosa quando tem alguém na rua distribuindo propaganda e só entrega os flyers para seu público-alvo. fico curiosa. fui me aproximando da garota e ela não entregou o panfleto para ninguém. quando ela me viu, deu um passo em minha direção e passou para as minhas mãos a propaganda que apenas alguns escolhidos teriam o privilegio de ler:

mulheres: se você tem de 18 a 23 anos, aliste-se no exército brasileiro.

fiquei duplamente feliz. primeiramente porque a garota-propaganda me escolheu e segundamente por que ela pensou que eu tivesse menos de 23 anos.



9.2.11

Trabalho, tarablho, tlhaabro, tasjopvl...

hj o dia foi meio punk aqui na redação. tive que fazer duas matérias e a impressora estava sem tonner para eu poder imprimir minha pesquisa e poder ler o que os outros escreveram antes de escrever o que eu tinha que escrever. como resultado, tive que ficar alternando as janelas do word entre a pesquisa e meus escritos.

ah, ainda não recebi o mês de janeiro

7.2.11

Crenças

olá leitores do diário de blog! um oi especial para o pessoal do distrito federal que constitui grande parte dos meus fãs. aliás, nem sei se posso chamar de fã alguém que vem aqui de vez em quando, lê um post novo (se tiver) e comenta. está bem, eu confesso: só a nina kitsch e a patrícia vasconcelos que leem essa porcaria. coincidentemente, as duas são de brasília. mas, mantendo a autoilusão: quero ouvir um oi da caravana de bsb!

eu, como ateísta confessa, confesso que tenho minhas crenças também. eu creio na loteria federal e, mesmo sem receber em dia, eu jogo semanalmente na mega sena. acredito que isto desenvolve minha parte espriritual, acreditar em alguma coisa e pagar um dízimo por isso (quatro reais por semana). a única diferença é que eu acredito em uma coisa improvavel, enquanto muitos, na minha humilde opinião, acreditam em coisas impossiveis.

e eu creio firmemente que, se o acaso permitir, eu ganharei muitos milhões na mega sena. amém!

4.2.11

Sorte felina

ontem, minha irmã fechou uma gatinha na caixa de papelão cheia de furos para que minha vizinha a levasse para sua fazenda. a vizinha estava com a caixa no colo e, do nada, a gata pula da caixa, passa pela janela do carro em movimento, evita alguns carros e some em uma pracinha em frente ao centro de convenções. a vizinha ligou desesperada para minha irmã e ela (minha irmã) foi para o local do acidente procurar pela gata. felizmente, após procurar por alguns minutos, mi hermanita encontrou a gatita na porta de um hotel, escondida entre os carrinhos de carregar malas.


ambas as três passam bem.

3.2.11

Mudanças

daqui a algum tempo, farei uma mudança um pouco mais literal que as outras. explico. acabo de adquirir um apartamento em sociedade com minha mãe. em dois ou três meses, colocarei literalemente minha mudança em um caminhão e sairei do centro de goiânia para me instalar no jardim américa. junto com a nova casa (não leia este termo de forma literal), também adquiri uma dívida a ser paga em vinte(!) anos.

o apê é menor do que o alugado no qual eu moro, mas tem uma área de lazer grande. não gosto muito de áreas de lazer grandes porque isto quase sempre implica com crianças se divertindo a muitos decivéis de altura e, não importa o quão alto seja o apartamento, esses decibéis sempre chegam lá. nosso apê fica no nono andar. para que meus gatos não se suicidem sem querer caindo do nono andar, teremos que instalar grades em todas as janelas eisto custará dinheiro.

aliás, teremos que gastar muito mais do que nos comprometemos pagar nestes próximos vinte anos. a mudança vai custar, devolver o apê antigo do centro vai custar, fazer toda a instalação elétrica vai custar, comprar armários vai custar, comprar equipamentos para a academia do novo prédio vai custar. aliás, esse trem de mudança está muito custoso pra mim! ainda terei que deixar o centro de goiânia que eu amo para ir para o fim do mundo. acho que não quero brincar mais não...

lassie no apê do centro por lady sepulcro

2.2.11

Constancia

acredito que retomar um velho hábito seja difícil. principalmente se este for saudável. você já percebeu o quanto é fácil voltar a fumar e o quanto é penoso retornar à academia? pois é. não, não... ainda continuo fumando quando bebo e o cartão da academia continua intocável no porta-chaves atrás da porta. estou falando de voltar a escrever diariamente no blog. segunda e terça foram tranquilas: eu tinha assunto e o que escrevi me deixou satisfeita. hoje é que a coisa está meio parada.

o ócio, fundamental para o exercício da criatividade, tem aparecido em forma de pequenas folgas entre uma matéria e outra no jornal onde trabalho. o assunto é que anda meio escasso. então, na falta de assunto, resolvi escrever sobre a falta de assunto. Nossa! acabei de me lembrar de um assunto sobre o qual gostaria de escrever no blog. porém, desta vez, serei menos aforbada. vou guarda-lo para amanhã para garantir meu estoque e ainda dar ares de folhetim a esta publicação, atiçando a sua curiosidade para que garantir que você leia o próximo capítulo.

até amanhã.

1.2.11

Eu faço sexo no primeiro encontro

não que eu tenha tido muitos primeiros encontros ultimamente. na verdade, nos últimos treze anos, acredito ter apreciado não mais do que três. e olha que eu fiz sexo em apenas um destes três primeiros encontros. não vejo problema em fazer isto. sou meio afobada, curiosa. sou daquele tipo que começa a ler um livro e, se ele me apetecer, passo a noite em claro só para saber o final. acho que com os homens sou a mesma coisa. fico louca para saber como será os finalmentes. antes de comprar um apartamente na planta não visitamos o decorado? fazer sexo no primeiro encontro seria a mesma coisa. se o sexo for ruim e não tiver perspectivas de melhora, parto para outro. se for bom, quero repetir a dose até enjoar.

o problema é que existem homens (e algumas mulheres) que veem sexo no primeiro encontro como algo que denigre a honra(?) feminina. seria esta proibição de sexo na primeira noite uma variante moderna do casamento virgem? explico: antigamente, mulheres deveriam se casar virgem. se ela fizesse sexo durante o namoro, os homens não se casavam com ela. com a liberação sexual, o coito pré-nupcial foi sendo aceito aos poucos e mulheres não precisavam ser necessariamente inexperientes para se casar e se tornarem honradas. como não dá pra exigir de uma mulher atual uma virgindade, que tal exigir que ela não se entregue logo, faça um doce antes e, durante o fato, goze sem fazer cara de puta? ainda hoje, ouço muito homem dizer que, se a mulher começa a inventar na cama, ela deve estar traindo o namorado ou omarido.

ora! faça-me um favor! se eu faço sexo com um cara logo no primeiro encontro e ele não quer me ver novamente por causa disso, eu é que não quero vê-lo novamente porque ele não namora mulheres que fazem sexo no primeiro encontro. não quero um homem retrógrado na minha vida, muito menos um que acha que o estou traindo só porque resolvi me pendurar no lustre durante o sexo naquela noite ou porque fiz uma cara de travecão do dergo na hora de gozar. ah, também quero um homem que não tenha medo de usar uma pinça e que acabe com sua própria monocelha.

31.1.11

Inconstancia

p.s.*: tenho que fazer urgentemente um curso de atualização de português. semana passada meu chefe me deu um puxão de orelha porque ainda escrevo ideia com acento agudo no "e". este é mais um sintoma que evidencia minha meia-idade. me lembrei da minha avó que, provavelmente, escreveu farmacia com "ph" por muito tempo.

estou com um tempinho extra aqui no trampo. há muitos dias tenho querido (tempo estranho, não?) escrever no blog, mas tenho tido preguiça. meu turno no dm acaba por volta das 2:00 da tarde, pego o eixão, como um restôio de comida em restaurante popular na rua 4, vou para casa e fico no sofá até a hora de dormir. às segundas jogo na mega-sena, pois sou humana e tenho que acreditar em algo.

estava lembrando das minhas conquistas post-namorum (essa aqui eu inventei). primeiro saí com um cara que era legal e até beijava bem. ele tinha quase quarenta anos, mas, para mim, estava ok. ele tinha uma filha ou filho (não me lembro direito porque não gasto meu precioso tempo pensando em crianças alheias), mas, para mim, estava ok. ele era evangélico desses que gostam de falar que são evangélicos, mas, para mim, estava ok. tudo isso aí, eu relevaria em um relacionamento, mas havia uma característica dele que não eu, provavelmente, não consiguiria conviver bem: ele estava acima do peso.

o problema de se relacionar, amorosamente falando, com pessoas acima do peso é que, eventualmente, o mais magro do casal acaba por ficar acima do peso também. já no primeiro dia em que saímos juntos, ele me levou para uma bar e pediu para nós dois espetinhos com todos os adicionais adicionados. ele comeu tudo e eu não consegui passar de metade da farofa. e olha que eu me esforcei. depois disso, decidi que não queria nenhum tipo de namoro com ele.



p.s.**: ter amigos gordos não é a mesma coisa que ter um namorado gordo, pois, com os amigos, você passa menos tempo do que com um namorado e, com o namorado, você faz muitas refeições românticas ou não.

*pré-scriptum
**post-scriptum

8.1.11

Pelas barbas do profeta

não sei se é a idade ou se é por causa do implante hormonal que eu fiz para parar de menstruar e não parei. de fato, agora fico menstruada metade do mês. mas isto não vem ao caso. o negócio é que pelos têm crescido em meu corpo em lugares onde não costumavam crescer. te pouparei dos detalhes cabeludos e falarei apenas do meu recém adquirido bigode.

tenho notado pelinhos estranho na região entre meu nariz e minha boca. minha irmã, certo dia, apontou para minha cara e disse: você tem bigode igual a um menino de 14 anos. é! eu sou mulher e tenho um bigode. não estou igual à frida kahlo, pois tenho muito cuidado para separar minha monocelha.



cansada do meu visual chewbacca, resolvi comprar um daqueles produtos que a gente passa e os pelos do buço (nome dado ao bigode feminino) caem. escolhi um creme buço aloe vera sensitive skin da depiroll. li as instruções, fiz o teste de alergia no meu antebraço e depois passei o produto no meu buço/bigode. contava os minutos esperançosa pelo meu novo visual frida kahlo free. no terceiro minutinho, a coisa começou a pinicar. limpei com água morna e uma esponja, porém, além do pelo não cair, comecei a ter uma reação alérgica. o treco foi tão forte que minha garganta começou a coçar e eu tive que tomar um anti-alérgico.

conclusão: continuo bigodudo e agora tenho umas bolhinhas vermelhas sobre os lábios. ai, ai, é duro ser mulher...