recebi um cachê de 500,00 nesta semana. com a grana na carteira, mas devendo o cartão de crédito, fui dar um rolê pelos supermercados e shoppings de goiânia para comprar dois presentes de natal e um sapato branco. os presentes, eu queria comprar por causa do natal (dãrt!) e o sapato branco porque cansei de usar sapatos emprestados sempre DOIS números acima do meu para apresentações teatrais.
andei, andei, andei, peguei um monte de coisas nas prateleiras e devolvi. estava decidida a não gastar meu suado dinheirinho a toa. não achei o sapato. cheguei ao flamboyant faltando 35 minutos para fechar. olhei, olhei, comprei os presentes baratinhos e achei um sapato de R$ 60,00. decidi não compra-lo no shopping e procurar um mais barato no centro. fiquei andando à toa quando eu a vi. bem, na verdade, a revi. uma bota tanara de 200,00 paus. "na promoção" ainda disse o vendedor. me controlei e fui perambular pelo flamba até dar o horario de fechar.
voltando para onde estava estacionado o carro, passei pela loja e ela ainda estava aberta, apesar do horário oficial de fechamento já ter passado. malditos capitalistas! entrei na loja olhando a vitrine e, feito um zumbi, perguntei ao vendedor se ele tinha o número 37. o desgraçado tinha. experimentei o sapato por cima da calça, por baixo da calça, andei pela loja me namorando no espelho pensando o quanto ele era caro para mim. "o couro da bota tem um tratamento especial que o torna resistente a líquidos. pode derramar cerveja que é facil de limpar." "ok vou levar." e lá se foram R$ 190,00 do meu cachê (sim, eu pedi desconto por pagar a vista e com dinheiro).
foi irresistível. um sapato lindo combinado com uma boa lábia de vendedor. ele olhou minha cara e falou exatamente o que eu queria ouvir. aposto que, se eu fosse um padre querendo comprar aquela bota ele diria: "o couro da bota tem um tratamento especial que o torna resistente a líquidos. pode derramar vinho ou água benta que é facil de limpar."
18.12.09
21.10.09
Twiter
assim como a coca e a maconha, ainda não descobri qual é a onda dele. entro na minha conta do twiter e o que encontro? "meu mundo agora é do maçanzinha brilhante", ponto de exclamação. o quê, digo eu, ponto de exclamação três vezes!!! isso, por acaso, ajuda a alguma causa importante? é alguma emergencia ou ainda uma informação imprescindivel? "meu mundo agora é do maçanzinha brilhante" é sequer uma informação?
o twiter não é um triunfo da tecnologia e, muito menos da humanidade. essa ferramenta tecnológica é a prova cabal do triunfo da banalidade. justamente o contrário do que o criador da revista people pregou ser notícia: não é uma pessoa extraordinaria fazendo algo ordinario, nem uma pessoa ordinaria fazendo algo extraordinario. são pessoas insignificantes e irrelevantes, assim como vocês e eu, fazendo nada, dizendo coisas nada importantes e, na maioria das vezes decodificaveis apenas pelo próprio autor da frase de 140 caracteres.
extraordinario é os criadores do twitter conseguirem monetizar essa inutilidade pública.
minha frase de hoje no twiter: "invejo quem consegue monetizar as suas futilidades e as alheias."
o twiter não é um triunfo da tecnologia e, muito menos da humanidade. essa ferramenta tecnológica é a prova cabal do triunfo da banalidade. justamente o contrário do que o criador da revista people pregou ser notícia: não é uma pessoa extraordinaria fazendo algo ordinario, nem uma pessoa ordinaria fazendo algo extraordinario. são pessoas insignificantes e irrelevantes, assim como vocês e eu, fazendo nada, dizendo coisas nada importantes e, na maioria das vezes decodificaveis apenas pelo próprio autor da frase de 140 caracteres.
extraordinario é os criadores do twitter conseguirem monetizar essa inutilidade pública.
minha frase de hoje no twiter: "invejo quem consegue monetizar as suas futilidades e as alheias."
19.10.09
Teatro Tremelique ou Teatro Físico
não gosto muito de teatro tremelique em que um ator faz a fala e outro fica tremendo e dando trela sem razão aparente. assim foi a peça macário da cia de teatro oops! que assisti nesta última quinta no teatro ouro.
chegamos cedo, xuxu e eu, e compramos duas inteiras por módicos R$20,00. subimos para antessala/bar do goiânia ouro e ficamos esperando as portas da sala de teatro se abrirem. demorou e quando, finalmente, resolvemos beber alguma coisa, as pessoas começaram a entrar. bebi minha coca zero gelada muito depressa e fiquei com a cara latejando.
mal entramos e, no meio da plateia, damos de cara com um ator dando trela, falando coisas ininteligiveis e se sacudindo todo. do lado do palco um carinha martirizava um baixo, tirando sons repetitivos (parecia que afinava infinitamente o instrumento) e, às vezes, legais. a peça começou e mais tremeliques se seguiram.
o texto era do álvares de azevedo e, portanto, bom. a tremeção só fez sentido para mim, quando o fausto goiano (pois os atores não conseguiram superar totalmente o sotaque) estava com frio por causa de uma janela aberta. estavam todos bem ensaiados e a interpretação me satisfez. no mais achei as masturbações e simulações de sexo fora do contexto e apelativas.
cenário, iluminação, figurino foram aceitaveis. a maquiagem poderia ser mais consistente. a taberneira foi chamada velha senhora, mas tinha cara de debutante. nada que um panqueique e um maquiador não resolvesse em dois tempos.
o fato de não haver microfones para os atores e o som da trilha ser toda amplificada dificultaran bastante o entendimento em algumas partes, principalmente quando os atores falavam virados para o fundo do palco.
o fim foi meio solto: o público não sabia exatamente se tinha acabado ou se tratava de mais uma pausa.
achei o espetáculo imaturo, mas isso também não é motivo de alarde, nada que o tempo e algumas rugas a mais na cara da cia oops! não curem.
chegamos cedo, xuxu e eu, e compramos duas inteiras por módicos R$20,00. subimos para antessala/bar do goiânia ouro e ficamos esperando as portas da sala de teatro se abrirem. demorou e quando, finalmente, resolvemos beber alguma coisa, as pessoas começaram a entrar. bebi minha coca zero gelada muito depressa e fiquei com a cara latejando.
mal entramos e, no meio da plateia, damos de cara com um ator dando trela, falando coisas ininteligiveis e se sacudindo todo. do lado do palco um carinha martirizava um baixo, tirando sons repetitivos (parecia que afinava infinitamente o instrumento) e, às vezes, legais. a peça começou e mais tremeliques se seguiram.
o texto era do álvares de azevedo e, portanto, bom. a tremeção só fez sentido para mim, quando o fausto goiano (pois os atores não conseguiram superar totalmente o sotaque) estava com frio por causa de uma janela aberta. estavam todos bem ensaiados e a interpretação me satisfez. no mais achei as masturbações e simulações de sexo fora do contexto e apelativas.
cenário, iluminação, figurino foram aceitaveis. a maquiagem poderia ser mais consistente. a taberneira foi chamada velha senhora, mas tinha cara de debutante. nada que um panqueique e um maquiador não resolvesse em dois tempos.
o fato de não haver microfones para os atores e o som da trilha ser toda amplificada dificultaran bastante o entendimento em algumas partes, principalmente quando os atores falavam virados para o fundo do palco.
o fim foi meio solto: o público não sabia exatamente se tinha acabado ou se tratava de mais uma pausa.
achei o espetáculo imaturo, mas isso também não é motivo de alarde, nada que o tempo e algumas rugas a mais na cara da cia oops! não curem.
30.9.09
Apelei no Orkut (de novo)
peguei o banquinho da minha sogra emprestado para usa-lo no show da banda do meu xuxu, durante uma performance minha. a mulher é baixinha e usa o móvel para alcançar os víveres e utensilios que ficam na parte mais alta do armario da cozinha. na passagem de som, a batera da banda me surrupiou o banquinho porque a bateria estava sem e eu usei uma cadeira que estava à mão. terminou o show do sangüínea (com trema e acento), e o banco da sogrinha teve que ficar no palco para que os outros bateristas pudessem tocar. pensei: ao fim dos shows, pego o banco de volta e o devolvo são e salvo à sogritta que me fez jurar que o devolveria são e salvo. enchi a cara de whisky, saí carregada do evento e esqueci o maldito banco.
desde segunda-feira, tenho colocado mensagens na comunidade do evento dirigidas aos organizadores para que entrassem em contato comigo e me orientassem no sentido de reaver o bem perdido. veja o que escrevi:
Banquinho da bateria
a bateria tava sem o banco e pegaram o banco da minha sogra q eu levei pra usar no show do sanguinea e eu esqueci de pegar devolta depois dos shows. ela tá fula pq é baixinha e usa o banquinho pra pegar coisas no armario da cozinha.
como posso pegar o banco de volta antes q ela me mate?
fui educada, fiz gracinha e não houve resposta. escrevi novamente:
:o
e o banquinho da bateria q é da minha sogra? como posso pega-lo de volta?
fenos secos voaram pela tela logo após essa fala. aí apelei:
Foi desonesto
é mta cara-de-pau alguém entrar sem pagar, justificando q a portaria tava uma bangunça, e ainda colocar a culpa na organização do evento.
pior q fala q saiu no lucro pq vendeu o ingresso lá fora e entrou de novo.
cadê a honestidade desse povo?! isso é similar ao roubo. assim o brasil não vai pra frente nem com o pré-sal.
qto ao meu banquinho usado na bateria, será q dá pra devolver?
como diria carrie bradshaw: i can't stop wonder: será que irei arrumar outra treta no orkut e ainda envolver o xuxu a a banda dele nessa merda por causa de um simples banquinho?!
desde segunda-feira, tenho colocado mensagens na comunidade do evento dirigidas aos organizadores para que entrassem em contato comigo e me orientassem no sentido de reaver o bem perdido. veja o que escrevi:
Banquinho da bateria
a bateria tava sem o banco e pegaram o banco da minha sogra q eu levei pra usar no show do sanguinea e eu esqueci de pegar devolta depois dos shows. ela tá fula pq é baixinha e usa o banquinho pra pegar coisas no armario da cozinha.
como posso pegar o banco de volta antes q ela me mate?
fui educada, fiz gracinha e não houve resposta. escrevi novamente:
:o
e o banquinho da bateria q é da minha sogra? como posso pega-lo de volta?
fenos secos voaram pela tela logo após essa fala. aí apelei:
Foi desonesto
é mta cara-de-pau alguém entrar sem pagar, justificando q a portaria tava uma bangunça, e ainda colocar a culpa na organização do evento.
pior q fala q saiu no lucro pq vendeu o ingresso lá fora e entrou de novo.
cadê a honestidade desse povo?! isso é similar ao roubo. assim o brasil não vai pra frente nem com o pré-sal.
qto ao meu banquinho usado na bateria, será q dá pra devolver?
como diria carrie bradshaw: i can't stop wonder: será que irei arrumar outra treta no orkut e ainda envolver o xuxu a a banda dele nessa merda por causa de um simples banquinho?!
29.9.09
O Requiem
"Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança." (Corintios 13-11)
bom, como ainda não me tornei um homem, acho que me continua sendo permitido fazer coisas de criança, como fingir que sou uma fada, encarnar dragões e me fantasiar de enfermeira.
sábado, a banda do meu xuxu (sangüínea - com trema e acento agudo) tocou num evento organizado por jogadores de um rpg. a temática era vampírica e fizeram um evento cheio de classe e elegância. confesso que tenho inveja do meu xuxu. a sua sorte é que, ao invés de tentar sabota-lo para ve-lo fracassar e, assim, aumentar artificialmente minha autoestima, tento me incluir nos projetos dele.
então, desta vez, o obriguei (ele pensa que foi apenas uma sugestão) a me incluir em sua apresentação musical sem cantar ou tocar um instrumento sequer. daí nasceu:
A ENFERMEIRA
criei um visual cênico, com hastes de hospital, jarros e tubos de sangue falso, além de máscaras que nada têm a ver com a gripe suina. durante o show do sangüínea, medi o pulso do baixista, segurei o guitarrista que desmaiava, ofereci vinho ao público e fiz um intervalo na plateia para fumar um cigarro porque ninguém é de ferro. houveram outras coisinhas, mas, na maior parte do tempo, fiquei num canto, sentada, fingindo que lia o anticristo do nietzsche.
ah, sim: no fim da festa, passei mal para caralho com três doses de whisky, pois não tinha comido nada depois das 3:00 da tarde daquele dia. saí carregada e esqueci de levar de volta o banquinho que minha sogra me emprestou para eu sentar no palco, durante o show. até agora não consegui reaver o bem perdido.
bom, como ainda não me tornei um homem, acho que me continua sendo permitido fazer coisas de criança, como fingir que sou uma fada, encarnar dragões e me fantasiar de enfermeira.
sábado, a banda do meu xuxu (sangüínea - com trema e acento agudo) tocou num evento organizado por jogadores de um rpg. a temática era vampírica e fizeram um evento cheio de classe e elegância. confesso que tenho inveja do meu xuxu. a sua sorte é que, ao invés de tentar sabota-lo para ve-lo fracassar e, assim, aumentar artificialmente minha autoestima, tento me incluir nos projetos dele.
então, desta vez, o obriguei (ele pensa que foi apenas uma sugestão) a me incluir em sua apresentação musical sem cantar ou tocar um instrumento sequer. daí nasceu:
A ENFERMEIRA
criei um visual cênico, com hastes de hospital, jarros e tubos de sangue falso, além de máscaras que nada têm a ver com a gripe suina. durante o show do sangüínea, medi o pulso do baixista, segurei o guitarrista que desmaiava, ofereci vinho ao público e fiz um intervalo na plateia para fumar um cigarro porque ninguém é de ferro. houveram outras coisinhas, mas, na maior parte do tempo, fiquei num canto, sentada, fingindo que lia o anticristo do nietzsche.
ah, sim: no fim da festa, passei mal para caralho com três doses de whisky, pois não tinha comido nada depois das 3:00 da tarde daquele dia. saí carregada e esqueci de levar de volta o banquinho que minha sogra me emprestou para eu sentar no palco, durante o show. até agora não consegui reaver o bem perdido.
25.9.09
O Requiem
amanhã tem festinha de vampiros. como você pode ver, a bandinha do xuxu vai tocar primeiro. a gente (xuxu e moi) planejamos algum mise-en-scéne para o show. como a temática é vampiros, quem for doador de sangue paga meia e a banda se chama sangüínea (com trema e acento), a temática do show será... tcharam: sangue! muito criativo, não? não.
então chegue cedo porque eles serão os primeiros a tocar.
21.9.09
Feliz prima Vera
21 de setembro de 1979
nasceu, pesando dois quilos e duzentos gramas, a filha do irmão de minha mãe. a pequerrucha veio ao mundo pelas vias normais e vera foi o nome escolhido pelo pai. ah, prima vera! como era feliz aquela pobre diaba! eu tinha dois anos quando ela nasceu. mais tarde, pelo que me lembre, ria de tudo, mesmo estando sem um único dente naquela boca cheia de baba e papa. cresceu saudável e bela. aprendeu a andar e, por descuido da avó, morreu atropelada por um caminhão enquanto atravessava a rua em busca da mãe que estava na outra calçada. ah, infeliz prima vera!
enxugue suas lágrimas. nunca tive uma prima vera que morreu de forma trágica. este post existe unicamente para falar que eu odeio a primavera goiana e seu calor infernal.
para o diabo com a primavera!!!
nasceu, pesando dois quilos e duzentos gramas, a filha do irmão de minha mãe. a pequerrucha veio ao mundo pelas vias normais e vera foi o nome escolhido pelo pai. ah, prima vera! como era feliz aquela pobre diaba! eu tinha dois anos quando ela nasceu. mais tarde, pelo que me lembre, ria de tudo, mesmo estando sem um único dente naquela boca cheia de baba e papa. cresceu saudável e bela. aprendeu a andar e, por descuido da avó, morreu atropelada por um caminhão enquanto atravessava a rua em busca da mãe que estava na outra calçada. ah, infeliz prima vera!
enxugue suas lágrimas. nunca tive uma prima vera que morreu de forma trágica. este post existe unicamente para falar que eu odeio a primavera goiana e seu calor infernal.
para o diabo com a primavera!!!
18.9.09
Mate-me, por favor
começou o calor intenso e, com ele, o suor, seguido de alergia (coceira mesmo). sou alérgica a mim mesma. será que alguém já morreu de tanto se coçar? talvez alguém já se matou para escapar de uma coceira intensa.
pois é. decidi ir para são paulo fazer um curos de dublagem. o xuxu vai comigo para fazer um curso de cinema 3d. vou passar de seis meses a um ano dividindo tudo com ele: desde o quartinho da pensão até o miojo no jantar. já copmecei meu treinamento de culinária de guerrilha no larica total.
agora, com licença que eu tenho que ir ali estrangular um gato que não para de gritar no meu ouvido.
pois é. decidi ir para são paulo fazer um curos de dublagem. o xuxu vai comigo para fazer um curso de cinema 3d. vou passar de seis meses a um ano dividindo tudo com ele: desde o quartinho da pensão até o miojo no jantar. já copmecei meu treinamento de culinária de guerrilha no larica total.
agora, com licença que eu tenho que ir ali estrangular um gato que não para de gritar no meu ouvido.
11.9.09
no msn
ele: você vai fazer o durso de dublagem em são paulo ou no rio?
eu: em são paulo. não quero morar num lugar beira-mar. eu odeio essa cultura praiana. no rio, se alguém for soltar um pum, tem que fazer isso com a bunda virada para praia só para sentir a maresia intimamente.
ele: você vai gostar de são paulo.
eu: muito asfalto, poluição...
ele: aqueles engarrafamentos interminaveis...
eu: e quando estivermos em sampa, no dia do meio-ambiente, a gente vai sair, fazer uma trilha asfaltada e depois dar dois passos na terra seca para plantar uma muda de árvore que vai morrer de sede mais tarde porque nenhum paulistano vai se lembrar de jogar água na coitada depois do dia do meio-ambiente.
ele: isso se ela não morrer numa enchente.
eu: em são paulo. não quero morar num lugar beira-mar. eu odeio essa cultura praiana. no rio, se alguém for soltar um pum, tem que fazer isso com a bunda virada para praia só para sentir a maresia intimamente.
ele: você vai gostar de são paulo.
eu: muito asfalto, poluição...
ele: aqueles engarrafamentos interminaveis...
eu: e quando estivermos em sampa, no dia do meio-ambiente, a gente vai sair, fazer uma trilha asfaltada e depois dar dois passos na terra seca para plantar uma muda de árvore que vai morrer de sede mais tarde porque nenhum paulistano vai se lembrar de jogar água na coitada depois do dia do meio-ambiente.
ele: isso se ela não morrer numa enchente.
9.9.09
Just dance
um contito para las criancitas:
Merda! Olhei o relógio, mas não soube que horas eram. Meu relógio de pulso marcava 8:30 desde as 9:00 da noite anterior. Virei para o lado, no sofá, e meu namorado continuava dormindo. Não estava a fim de beber mais e só tinha dado um tiro naquela noite. Até tinha uma grana que roubei da carteira da bela adormecida para comprar mais pó, mas foi impossível encontrar um vendedor de sonhos numa madrugada de segunda de 7 de Setembro. E eu nem sabia que horas eram.
Tentei acordar o namorado sem sucesso. TÉDIO! Já tinha bebido o bastante, rebolado a bunda ao som de Marilyn Manson e Lady Gaga, pensado em suicídio e dispensado um chato que queria me comer a qualquer custo e apesar de minhas lágrimas. Encontrei uma bibliazinha e me ocupei de queimar algumas páginas do Apocalipse com um cigarro que acendi depois que o achei em cima do PC. Decidi analisar o lugar. Metade das pessoas tinha ido embora e a outra metade havia sumido.
Dois pares de sofá que não combinavam entre si e um tapete sujo faziam de parte do cômodo uma saleta de TV. Um computador ligado a um som alto passava o mesmo playlist pela terceira ou quarta vez. Um aquário vazio de dois metros e meio, sei lá, não sou boa para medir espaços ou tempo, ficava no chão sob uma bancada que separava o terço final da sala, onde ficava uma mesa grande com muitas cadeiras. O que se destacava naquela sala não era o tapete sujo ou um monte de quadros feios na parede, nem meu namorado que roncava belamente no sofá. Sobre a bancada, uma escultura pesada, do tamanho do meu braço, mostrava um casal, em posição de missionário, fazendo sexo num vermelho vigoroso e brilhante. Fiquei imaginando que tipo de gente, além de donos de bordéis e psicólogos, manteria uma escultura daquelas na sua sala de jantar.
Não pude continuar minhas reflexões porque um entra e sai de pessoas num quarto ao lado chamou minha atenção. “Devem estar cheirando lá dentro e não me chamaram.” Empurrei a porta emperrada e entrei sem convite ou licença. O quarto não estava completamente escuro e, aos poucos, entendi que havia muita gente sem roupa por ali e nenhum pó. Enquanto não decidia se ficava ou saía, fui gentilmente jogada na cama.
Dei de cara com um amigo do meu namorado. Fiquei tão feliz por ver um rosto conhecido que o segurei entre minhas mãos e beijei sua boca. Deitei ao lado de uma garota que estava só de calcinha e reclamava dos peitos de silicone de alguém que já havia deixado o quarto. Passei a mão gelada nos peitos naturais da menina deitada. Ela continuou falando mal da outra e milhares de mãos, vindas de não sei onde, tiraram minhas botas, minha calça, minha roupa. Restou uma meia no meu pé direito, mas ela foi logo arrancada: não houve tempo ou vontade para resistências.
Uma pessoa me beijou e eu retribuí. Não conseguia parar de pensar nas minhas pernas que não depilava há mais de um mês. Comecei a acariciar um cara que tinha piercing nos mamilos e um pau pequeno e mole. Finalmente me deitei de costas e deixei que outras milhares de mãos, bocas e línguas deslizassem pelo meu corpo a revelia. Senti um peso sobre mim, abri os olhos e distingui o rosto amigo ir e vir. Já quase não pensava sobre o estado hirsuto das minhas pernas ou da minha vulva.
Dirigi o olhar para o lado e vi a dona da casa sentada sobre o cara de pau mole. Como nenhum dos dois parecia disposto a usar o pequenino, iniciei um trabalho manual na anfitriã apreciadora de arte. Ela estava sem pelos e o acesso era fácil, mas eu não sabia exatamente o que fazer. Massageei o clitóris, depois enfiei um ou dois dedos, porém ela insistia em conversar com o gayzinho embaixo dela. Nunca tinha masturbado uma vagina que não fosse a minha. Desisti da empreitada e procurei um órgão genital que fosse mais fácil de manusear. Encontrei um pênis bastante grande se comparado ao tamanho do carinha (outro amigo do meu namorado).
Dispensei o cara em cima de mim e me virei de lado para sentir o gosto daquele cacete. Ao mesmo tempo resolveram sentir o gosto da minha chavasca. Virei a cabeça e vi parcialmente o rosto do rapaz que eu conhecia. Me pareceu prazeroso estar entre amigos. o primeiro me comeu mais um pouco até ser arrancado por outras pessoas de dentro de mim. Na cama, só restavam eu e o outro cara. O resto do pessoal empenhava-se em se distrair na escuridão do quarto. O pauzão se sentou na cama e eu me sentei nele até ele ficar mole.
Para mim, aquela obscenidade já deu o que tinha que dar. Procurei minhas roupas e encontrei minhas botas montaria. Coloquei o soutien, a calça e a blusa, mas a calcinha era impossível de se achar. Calcei uma das botas sem meia e, antes de sair daquela putaria, me passaram minha peça que faltava. Dei um longo beijo ao mesmo tempo nos meus dois novos amigos íntimos e saí com a calcinha na mão.
Wish I could shut my playboy mouth
How'd I turn my shirt inside out? (Inside out right)
Control your poison babe, roses have thorns they say*
O mesmo playlist rolava alto e o namorado continuava dormindo no sofá. Me sentei ao lado dele e tentei acordá-lo. Joguei a calcinha preta dentro da minha bolsa e fiquei imaginando se devia contar ou não o que eu havia feito naquela noite. Chequei o relógio mais uma vez. Merda! Ainda eram 8:30.
*(Queria conseguir fechar minha boca de playboy / Como eu virei minha blusa do avesso? / Controle seu veneno, querido, dizem que as rosas têm espinhos)
Merda! Olhei o relógio, mas não soube que horas eram. Meu relógio de pulso marcava 8:30 desde as 9:00 da noite anterior. Virei para o lado, no sofá, e meu namorado continuava dormindo. Não estava a fim de beber mais e só tinha dado um tiro naquela noite. Até tinha uma grana que roubei da carteira da bela adormecida para comprar mais pó, mas foi impossível encontrar um vendedor de sonhos numa madrugada de segunda de 7 de Setembro. E eu nem sabia que horas eram.
Tentei acordar o namorado sem sucesso. TÉDIO! Já tinha bebido o bastante, rebolado a bunda ao som de Marilyn Manson e Lady Gaga, pensado em suicídio e dispensado um chato que queria me comer a qualquer custo e apesar de minhas lágrimas. Encontrei uma bibliazinha e me ocupei de queimar algumas páginas do Apocalipse com um cigarro que acendi depois que o achei em cima do PC. Decidi analisar o lugar. Metade das pessoas tinha ido embora e a outra metade havia sumido.
Dois pares de sofá que não combinavam entre si e um tapete sujo faziam de parte do cômodo uma saleta de TV. Um computador ligado a um som alto passava o mesmo playlist pela terceira ou quarta vez. Um aquário vazio de dois metros e meio, sei lá, não sou boa para medir espaços ou tempo, ficava no chão sob uma bancada que separava o terço final da sala, onde ficava uma mesa grande com muitas cadeiras. O que se destacava naquela sala não era o tapete sujo ou um monte de quadros feios na parede, nem meu namorado que roncava belamente no sofá. Sobre a bancada, uma escultura pesada, do tamanho do meu braço, mostrava um casal, em posição de missionário, fazendo sexo num vermelho vigoroso e brilhante. Fiquei imaginando que tipo de gente, além de donos de bordéis e psicólogos, manteria uma escultura daquelas na sua sala de jantar.
Não pude continuar minhas reflexões porque um entra e sai de pessoas num quarto ao lado chamou minha atenção. “Devem estar cheirando lá dentro e não me chamaram.” Empurrei a porta emperrada e entrei sem convite ou licença. O quarto não estava completamente escuro e, aos poucos, entendi que havia muita gente sem roupa por ali e nenhum pó. Enquanto não decidia se ficava ou saía, fui gentilmente jogada na cama.
Dei de cara com um amigo do meu namorado. Fiquei tão feliz por ver um rosto conhecido que o segurei entre minhas mãos e beijei sua boca. Deitei ao lado de uma garota que estava só de calcinha e reclamava dos peitos de silicone de alguém que já havia deixado o quarto. Passei a mão gelada nos peitos naturais da menina deitada. Ela continuou falando mal da outra e milhares de mãos, vindas de não sei onde, tiraram minhas botas, minha calça, minha roupa. Restou uma meia no meu pé direito, mas ela foi logo arrancada: não houve tempo ou vontade para resistências.
Uma pessoa me beijou e eu retribuí. Não conseguia parar de pensar nas minhas pernas que não depilava há mais de um mês. Comecei a acariciar um cara que tinha piercing nos mamilos e um pau pequeno e mole. Finalmente me deitei de costas e deixei que outras milhares de mãos, bocas e línguas deslizassem pelo meu corpo a revelia. Senti um peso sobre mim, abri os olhos e distingui o rosto amigo ir e vir. Já quase não pensava sobre o estado hirsuto das minhas pernas ou da minha vulva.
Dirigi o olhar para o lado e vi a dona da casa sentada sobre o cara de pau mole. Como nenhum dos dois parecia disposto a usar o pequenino, iniciei um trabalho manual na anfitriã apreciadora de arte. Ela estava sem pelos e o acesso era fácil, mas eu não sabia exatamente o que fazer. Massageei o clitóris, depois enfiei um ou dois dedos, porém ela insistia em conversar com o gayzinho embaixo dela. Nunca tinha masturbado uma vagina que não fosse a minha. Desisti da empreitada e procurei um órgão genital que fosse mais fácil de manusear. Encontrei um pênis bastante grande se comparado ao tamanho do carinha (outro amigo do meu namorado).
Dispensei o cara em cima de mim e me virei de lado para sentir o gosto daquele cacete. Ao mesmo tempo resolveram sentir o gosto da minha chavasca. Virei a cabeça e vi parcialmente o rosto do rapaz que eu conhecia. Me pareceu prazeroso estar entre amigos. o primeiro me comeu mais um pouco até ser arrancado por outras pessoas de dentro de mim. Na cama, só restavam eu e o outro cara. O resto do pessoal empenhava-se em se distrair na escuridão do quarto. O pauzão se sentou na cama e eu me sentei nele até ele ficar mole.
Para mim, aquela obscenidade já deu o que tinha que dar. Procurei minhas roupas e encontrei minhas botas montaria. Coloquei o soutien, a calça e a blusa, mas a calcinha era impossível de se achar. Calcei uma das botas sem meia e, antes de sair daquela putaria, me passaram minha peça que faltava. Dei um longo beijo ao mesmo tempo nos meus dois novos amigos íntimos e saí com a calcinha na mão.
Wish I could shut my playboy mouth
How'd I turn my shirt inside out? (Inside out right)
Control your poison babe, roses have thorns they say*
O mesmo playlist rolava alto e o namorado continuava dormindo no sofá. Me sentei ao lado dele e tentei acordá-lo. Joguei a calcinha preta dentro da minha bolsa e fiquei imaginando se devia contar ou não o que eu havia feito naquela noite. Chequei o relógio mais uma vez. Merda! Ainda eram 8:30.
*(Queria conseguir fechar minha boca de playboy / Como eu virei minha blusa do avesso? / Controle seu veneno, querido, dizem que as rosas têm espinhos)
1.9.09
eu: acabei de fazer uma prova na facu.
ele: mas você não trancou a matrícula?
eu: tranquei, mas era uma prova que estava faltando para completar o semestre passado.
ele: foi fácil?
eu: sim. fizeram perguntas do tipo: por que a internet e as novas tecnologias são importantes na construção da identidade?
ele: sei que a impressora e o corel draw são importantes para a contrução da identidade falsa, mas a internet eu não sei o que tem a ver...
ele: mas você não trancou a matrícula?
eu: tranquei, mas era uma prova que estava faltando para completar o semestre passado.
ele: foi fácil?
eu: sim. fizeram perguntas do tipo: por que a internet e as novas tecnologias são importantes na construção da identidade?
ele: sei que a impressora e o corel draw são importantes para a contrução da identidade falsa, mas a internet eu não sei o que tem a ver...
23.8.09
Para qual santo jogamos preciosa parte da pinga?
pois acho que joguei para o santo errado...
fui contratada pela síndica do meu prédio (mi hermanita) para pintar os números dos apartamentos em suas respectivas vagas, na garagem do edificio. me preparei toda. comprei fita crepe, rolinho novo, desenterrei a lata de tinta amarela que usei para fazer o mesmo serviço há um tempão atrás. liguei para o xuxu, dispensei sua borracha companhia, fiz os moldes dos números com uma fonte bonitinha. baixei o álbum fame da estilosamente polêmica lady gaga, carreguei meu celular com mp3 player, coloquei uma roupinha descolada e descartável. quando me abaixei para pegar a lata de tinta, são pedro me mandou uma chuva em pleno agosto! durou poucos minutos: apenas o suficiente para molhar a parte desprotegida da garagem e me impedir de pintá-la toda.
estou pensando em dar uma de pedreiro amanhã, comprar uma latinha de pitú, beber a metade e dar metade para o santo certo. mas tenho aula a noite.
porém, não se preocupe, são pedro: eu juro que a próxima é sua!
21.8.09
Mais MP
finalmente consegui algumas fotos da viagem e do espetáculo mary poppins que apresentei dia 16 de agosto em porto alegre. dá uma olhada nelas:
eu de boneca bailarina usando, pela primeira vez em minha vida, um tchutchu e sapatilhas de ponta
está fora de foco, mas a pose ficou legal
o tchutchu é emprestado e, por isso, muito apertado - minha bunda ficou com dimensões oceânicas
20.8.09
Malditos porcos!
por causa da gripe suína, digo, por causa da gripe h1n1xyz^2, foram canceladas cinco das seis apresentações da peça mary poppins que eu faria no sul do brasil. e como diria a cigarra daquele continho: menos trabalho = menos dinheiro. ou será que foi o roberto justus? bem, não importa!
para completar a maré de azar, levei a câmera fotográfca digital de mi hermanita e esqueci de levar as pilhas. agora, tenho que esperar o elenco se reunir novamente para implorar por imagens que comprovem minha viagem.
ah, o meu nome também não saiu no programa que foi distribuído por lá.
contente-se com essas fotos:
minha personagem é aquela comprida de verde
ensaio no teatro do sesi, na região metropolitana de porto alegre
o voo (sem acento circunflexo) da mary poppins
passeio pelo centro de porto alegre que não fui porque fiquei dormindo no hotel
para completar a maré de azar, levei a câmera fotográfca digital de mi hermanita e esqueci de levar as pilhas. agora, tenho que esperar o elenco se reunir novamente para implorar por imagens que comprovem minha viagem.
ah, o meu nome também não saiu no programa que foi distribuído por lá.
contente-se com essas fotos:
minha personagem é aquela comprida de verde
ensaio no teatro do sesi, na região metropolitana de porto alegre
o voo (sem acento circunflexo) da mary poppins
passeio pelo centro de porto alegre que não fui porque fiquei dormindo no hotel
11.8.09
De volta aos palcos
olá, moscas, bugs virtuais e eventual leitor!
depois de um tempo afastada de tudo, de todos e mofando em um canto qualquer do apartamento alugado onde moro, volto a dar as caras por aqui. neste meio-tempo*, assisti muita tv, meu cabelo cresceu e ainda não engravidei (espero a descriminalização do aborto para poder fazer isso impunemente). mas não se preocupe, pois continuo gostando de café com adoçante e gatos de todos os portes e cores.
sem estagiar na área de jornalismo (a facu não me liberou porque continua sonhando que a -iúc!- obrigatoriedade do diploma vai voltar), acabei caindo nas garras esquizofrênicas do teatro. e a peça é... -rufem os tambores!-:
MARY POPPINS - lady sepulcro como elenco de apoio e, agora, com registro profissional na carteira de trabalho!
entrei na cia henrique camargo para substituir uma atriz que não poderia mais viajar com a trupe por causa do colégio. obviamente, sou muito melhor e menos modesta que ela. viajo para o rio grande do sul próximo sábado, me apresento em cinco cidades, pego a gripe suína e retorno a goiânia uma semana depois.
ah! quem fará a personagem-título** será a talentosa atriz karlla braga e não a bela atriz lara brito. note que um elogio não exclui o outro.
*mais uma vez a nova ortografia: será que essa porra tem hífem ou não?
**a mesma pergunta cabe neste caso
depois de um tempo afastada de tudo, de todos e mofando em um canto qualquer do apartamento alugado onde moro, volto a dar as caras por aqui. neste meio-tempo*, assisti muita tv, meu cabelo cresceu e ainda não engravidei (espero a descriminalização do aborto para poder fazer isso impunemente). mas não se preocupe, pois continuo gostando de café com adoçante e gatos de todos os portes e cores.
sem estagiar na área de jornalismo (a facu não me liberou porque continua sonhando que a -iúc!- obrigatoriedade do diploma vai voltar), acabei caindo nas garras esquizofrênicas do teatro. e a peça é... -rufem os tambores!-:
MARY POPPINS - lady sepulcro como elenco de apoio e, agora, com registro profissional na carteira de trabalho!
entrei na cia henrique camargo para substituir uma atriz que não poderia mais viajar com a trupe por causa do colégio. obviamente, sou muito melhor e menos modesta que ela. viajo para o rio grande do sul próximo sábado, me apresento em cinco cidades, pego a gripe suína e retorno a goiânia uma semana depois.
ah! quem fará a personagem-título** será a talentosa atriz karlla braga e não a bela atriz lara brito. note que um elogio não exclui o outro.
*mais uma vez a nova ortografia: será que essa porra tem hífem ou não?
**a mesma pergunta cabe neste caso
29.6.09
Diálogo onírico (no msn)
ele*: sonhei com vc hj a tarde.
eu: delícia!
ele: sonho engraçado... você falava que queria namorar com o cara dos supergêmeos. saca qual?
eu: sim.
ele: aí eu falei: por que você quer namorar com ele?
eu: e?
ele: aí você respondeu: só para ele falar "forma de um pênis de gelo".
eu: mas por que será que você sonhou isso? ah! pode deixar que eu já lembrei.**
*xuxu prefere que sua real identidade seja preservada neste post
**deixo esta justificativa a cargo das mentes sujas que vagam por este blog
26.6.09
Homenagem póstuma
ele: nossa, lady! o que foi isso no seu joelho?
eu: machuquei numa festa junina.
ele: foi dançar quadrilha e o xuxu não te segurou no "olha a onça"?
eu: não. fui fazer o passo smooth criminal do máicom diéquisom bêbada e caí com o joelho no chão.
ele: doeu muito?
eu: na hora não. o pior foi derramar a cerveja e ainda rasgar minha calça favorita. a vantagem é que agora eu posso usar os band-aids do alexandre herchcovitch.
minha homenagem ao grande máicom diéquisom foi sentida na carne. mais especificamente, no joelho direito da minha calça skinny da c&a.
Sobre a dispensabilidade do diploma de jornalista
a formação do jornalista se assemelha à do publicitário. a faculdade não ensina tudo que o profissional precisa saber para exercer a profissão. ela é apenas o meio mais fácil de se chegar ao emprego.
a ética também não se aprende somente nas universidades. se fosse assim, quem tem somente o diploma do senac ou é analfabeto poderia ser automaticamente classificado como uma pessoal sem ética e amoral.
a matéria mais sem noção que aprendi na facu de jornal foi a comunicação comunitária. ela fala pros estudantes que nós, jornalistas, temos um conhecimento único e que temos que ensiná-lo aos ignorantes carentes para que eles sejam capazes de expressar suas opinões adequadamente.
não é preciso um diploma para fazer um jornalzinho de escola ou de uma associação ou de uma cidade. basta saber escrever, ter vontade de fazer isso e ter algum recurso financeiro.
a ética também não se aprende somente nas universidades. se fosse assim, quem tem somente o diploma do senac ou é analfabeto poderia ser automaticamente classificado como uma pessoal sem ética e amoral.
a matéria mais sem noção que aprendi na facu de jornal foi a comunicação comunitária. ela fala pros estudantes que nós, jornalistas, temos um conhecimento único e que temos que ensiná-lo aos ignorantes carentes para que eles sejam capazes de expressar suas opinões adequadamente.
não é preciso um diploma para fazer um jornalzinho de escola ou de uma associação ou de uma cidade. basta saber escrever, ter vontade de fazer isso e ter algum recurso financeiro.
6.6.09
Ao estilo Twitter
1.6.09
Às vezes
às vezes, queria ter um relacionamento como o de simone e jean paul.
às vezes, queria nunca mais fazer sexo.
às vezes, gostaria de ser bissexual.
às vezes, queria estar morta.
outras, queria estar em coma.
às vezes, queria nunca mais dormir.
muitas vezes, queria ser um gato - me preocupar com nada além de ração e borboletas.
às vezes, queria nunca mais fazer sexo.
às vezes, gostaria de ser bissexual.
às vezes, queria estar morta.
outras, queria estar em coma.
às vezes, queria nunca mais dormir.
muitas vezes, queria ser um gato - me preocupar com nada além de ração e borboletas.
29.5.09
Okie Dokie
voltei! tchá-ram...
er... não tenho muito que falar hoje. exceto que me ligaram para uma entrevista de estágio e agora só depende da faculdade autorizar o estágio. se o lord coordenador de estágios me abençoar, terei graninha para pagar contas, saldar dívidas, comprar ração para gatos e, talvez, pagar por minha própria bebida.
ah, sim! o cigarro - que fumo há quase um ano, não o comprarei mais, pois, dia 31 de maio, expirarei minha última fumaça com nicotina, benzopireno, nitrosaminas, substâncias radioativas, agrotóxicos, solventes,metais pesados, níquel, arsênico, cianeto, amônia, formol, monóxido de carbono e mel.
er... não tenho muito que falar hoje. exceto que me ligaram para uma entrevista de estágio e agora só depende da faculdade autorizar o estágio. se o lord coordenador de estágios me abençoar, terei graninha para pagar contas, saldar dívidas, comprar ração para gatos e, talvez, pagar por minha própria bebida.
ah, sim! o cigarro - que fumo há quase um ano, não o comprarei mais, pois, dia 31 de maio, expirarei minha última fumaça com nicotina, benzopireno, nitrosaminas, substâncias radioativas, agrotóxicos, solventes,metais pesados, níquel, arsênico, cianeto, amônia, formol, monóxido de carbono e mel.
22.5.09
Lar doce lar
minha hermanita chegou ontem por volta do meio-dia. lágrimas de alegria, saudade e indignação foram derramadas pelos quatro cantos da casa. ela nos trouxe presentes: roupas, bolsas, sapatos, pastas de dente e outras cositas más que dariam para fazer um exclente garage sale* por lá ou um brechó por aqui.
presente de pobre.
ganhei uma bota de segunda mão estilo montaria e uma bolsa de seis doláres. viu como ainda pode-se lucrar com a desgraça alheia?
*espécie de bazar com os trastes que entulham a casa de alguém
presente de pobre.
ganhei uma bota de segunda mão estilo montaria e uma bolsa de seis doláres. viu como ainda pode-se lucrar com a desgraça alheia?
*espécie de bazar com os trastes que entulham a casa de alguém
20.5.09
Update da madrugada
a saga de minha irmã continua pelos estados unidos. ela, que nunca tinha dirigido da paranaíba à praça cívica, percorreu, de carro, quase 500 quilômetros em sete horas. chegou exausta a casa de minha outra prima e foi bem acolhida.
amanhã, às 4:45pm, ela embarca no primeiro dos três aviões que tem que pegar para aterrissar às 11:50 da manhã no colinho da mamãe.
vamos ver se ela sobrevive aos desastres aéreos já que sobreviveu a uma freeway* da flórida.
*via expressa
amanhã, às 4:45pm, ela embarca no primeiro dos três aviões que tem que pegar para aterrissar às 11:50 da manhã no colinho da mamãe.
vamos ver se ela sobrevive aos desastres aéreos já que sobreviveu a uma freeway* da flórida.
*via expressa
19.5.09
Código genético
tela de fernando botero
êta troço complicado! um bando de gente que compartilha genes e, às vezes, nada mais. e ainda tem os agregados, os cônjuges, os adotados... diogo mainardi escreveu uma vez que não gostaria de ter filhos porque, ter filho, é colocar um estranho no mundo e ser obrigado a, no mínimo, conviver diariamente com ele até os 18 anos. hoje, mainardi tem dois herdeiros.
tenho passado por um grave problema familiar, envolvendo minha irmã, tias, alguns primos e primas e o marido de uma destas nos eua. confio na minha irmã e nunca duvidei de sua palavra. quando crianças, nós duas tivemos brigas homéricas e juramos ódio eterno, mas a memória infantil é curta e sempre acabamos por fazer as pazes por, simplesmente, termos esquecido os motivos das brigas mortais.
no jornalismo, diz-se que a exclusividade de uma matéria e a rapidez com que ela é publicada garante ao veículo credibilidade. assim que começou o problema com minha irmã nos states, pedi que minha mãe contasse para o resto da família, aqui no brasil, o que minha hermanita nos contou. madre de dios disse não. não queria que soubessem sobre o barraco, que acontecia por lá. o resultado foi que minha prima que brigou com minha irmã contou a versão dela para a familiarada brasuca e quem ficou mal na fita, véi, foi minha irmã. ficou tão mal que foi expulsa da casa em que estava (pela qual tinha o aluguel até o fim deste mês) e eu tive que implorar, via msn e orkut, para que algum dos meus familiares que moram nos usa a hospedasse por dois dias antes de embarcar para o brasil.
felizmente, minha irmã encontrou um casal de brasileiros que a hospedou ontem. eles não compartilham nada com minha irmã além da nacionalidade. pensando bem, acho que, por isso, eles acabam comartilham alguns genes também.
18.5.09
Eu e minha boca
minha irmã foi para os estados unidos da américa no começo deste ano a convite de uma das minhas primas. ela foi tentar ganhar o seu butter and bread*. ficou lá uns tempos e, depois, foi para casa de outras primas minhas, filhas de outra irmã do meu falecido pai, em outra cidade, à convite delas.
*literalmente, manteiga e pão ou, em bom português, ganha-pão
minha priminha é casada com um brasileiro gente boa** e tem uma filha nascida americana com ele. minha primona é solteira e vive com eles. o aluguel está somente no nome das minhas primas. vale ressaltar que o casal é recém-covertido ao evangelhismo neo-pentecostal e minha primona não. como todo neo-envangélico, o casal tende a acreditar que tudo de ruim na vida deles é ação do demônio, inclusive comportamentos não cristãos que, talvez, eles mesmos venham a ter.
**ironia
há mais ou menos uma semana, minha irmã me contou, houve uma briga entre minha primona e o marido da priminha. minha irmã estava na casa, mas minha priminha e a filha não. a querela era sobre dinheiro. minha irmã se afastou dos dois porque a coisa estava feia e não quis se intrometer. o cara engrossou com minha primona, jogou-a violentamente numa cama e gritou que iria matá-la. minha irmã chegou no quarto e encontrou o marido da minha priminha com o punho levantado para esmurrar minha primona. minha irmã segurou o braço do cara com todas as suas forças e ele a jogou contra a parede. minha irmã se colocou na frente da minha primona, gritou "na minha prima você não bate!" e ameaçou chamar a polícia. como somente minha irmã está nos eua legalmente, ele ficou com medo da imigração americana e não bateu na minha primona, mas ficou gritando e xingando.
minha priminha chegou com a filha e encontrou a casa nesta situação. o marido lhe disse que minha irmã e minha primona eram loucas demoníacas que bebem e fumam e que toda a gritaria foi causada pela minha primona, uma descontrolada. não satisfeito, berrou que minha irmã e minha primona deveriam sair da casa imediatamente, pois eram uma péssima influência para a inocente filha dele. minha primona disse então que ele deveria sair porque, além do aluguel estar no nome das minhas primas, ele era o único que não contribuía com as despesas da casa. só para ressaltar, minha irmã disse-me que o aluguel era dividido entre três: minha primona, minha irmã e o casal.
no fim da briga, ninguém saiu e casa e as despesas continuaram a ser divida entre três.
PARTE II
(a parte da minha gigantesca boca)
acho inadimissível um homem bater em uma mulher, uma pessoa espancar uma criança ou um ser humano maltratar ou matar um animal. o agredido não tem forças para se defender.
então, uns cinco dias depois da briga, escrevi no orkut* da minha priminha que iria ligar para a polícia americana denunciando o marido dela se ele batesse nela, na filha dela, na minha primona ou na minha irmã. por isso, todo mundo seria deportado enquanto o marido crente-agressor cumprisse pena nos estados unidos.
*mais uma vez, me ferro em briguinhas de orkut e ainda envolvo pessoas que eu gosto numa espiral descendente.
assim, joguei álcool sobre cinzas quentes. a coisa tinha ficado por aquilo mesmo: "eu não pago o aluguel e você não apanha", mas eu resolvi me meter, tornar a coisa pública para que, se algo acontecesse com minha irmã, quem quisesse saberia que o marido da minha priminha não passa de um covarde que bate em mulher para poder levar alguma vantagem.
na verdade, joguei merda no ventilador, mesmo. a priminha escreveu um email para toda a família contando a versão que ouviu do marido: que ele é crente e que minha primona e minha irmãs são demoníacas. não contou a parte em que o marido só não bateu na primona por medo de cumprir um jail time**. como de praxe, respondi com palavras duras no próprio orkut e continuamos o cyberfigth***.
**tempo na prisão
***luta cibernética
ontem à noite, minha irmã me ligou dos states****, dizendo que discutiu mais uma vez com o santo casal e estava fora de casa apenas com a bolsa e seus documentos. minha irmã me contou que foi assim: estavam apenas o três e a filhinha do casal em casa. houve um bate-boca, minha hermanita bateu a porta do quarto e se trancou lá dentro. o maridão, achando um absurdo ela se trancar no quarto pelo qual ela paga aluguel, derrubou a porta no chute (você sabe como as portas e paredes americanas são frágeis). a priminha, então, acuou minha hermanita no canto do quarto enfiou o indicador na cara dela e falou coisas que fariam o próprio lúcifer ficar vermelho só de ouvir. enquanto isso, o marido ficava no vão da porta do quarto fazendo as vezes de segurança pitbull.
****precisa de tradução?
por telefone, aconselhamos, minha mãe e eu, minha irmã a chamar a polícia para que pudesse pegar as coisas dela e sair daquele inferno o mais rápido possível. a polícia apareceu e minha irmã catou os seus trastes.
a primona arrumou a casa de um amigo para que ambas passassem a noite lá e nada mais. hoje à tarde minha irmã não tinha para onde ir e nem dinheiro para alugar um quarto. minha prima da outra cidade disse que poderia vender o carro que minha irmã comprou para que ela pudesse retornar o mais rápido possível para o brasil. compramos (minha mãe pagou e eu fiquei olhando) a passagem de volta que está marcada para quarta-feira. agora estou esperando minha hermanita ligar para saber onde ela vai passar a noite.
*literalmente, manteiga e pão ou, em bom português, ganha-pão
minha priminha é casada com um brasileiro gente boa** e tem uma filha nascida americana com ele. minha primona é solteira e vive com eles. o aluguel está somente no nome das minhas primas. vale ressaltar que o casal é recém-covertido ao evangelhismo neo-pentecostal e minha primona não. como todo neo-envangélico, o casal tende a acreditar que tudo de ruim na vida deles é ação do demônio, inclusive comportamentos não cristãos que, talvez, eles mesmos venham a ter.
**ironia
há mais ou menos uma semana, minha irmã me contou, houve uma briga entre minha primona e o marido da priminha. minha irmã estava na casa, mas minha priminha e a filha não. a querela era sobre dinheiro. minha irmã se afastou dos dois porque a coisa estava feia e não quis se intrometer. o cara engrossou com minha primona, jogou-a violentamente numa cama e gritou que iria matá-la. minha irmã chegou no quarto e encontrou o marido da minha priminha com o punho levantado para esmurrar minha primona. minha irmã segurou o braço do cara com todas as suas forças e ele a jogou contra a parede. minha irmã se colocou na frente da minha primona, gritou "na minha prima você não bate!" e ameaçou chamar a polícia. como somente minha irmã está nos eua legalmente, ele ficou com medo da imigração americana e não bateu na minha primona, mas ficou gritando e xingando.
minha priminha chegou com a filha e encontrou a casa nesta situação. o marido lhe disse que minha irmã e minha primona eram loucas demoníacas que bebem e fumam e que toda a gritaria foi causada pela minha primona, uma descontrolada. não satisfeito, berrou que minha irmã e minha primona deveriam sair da casa imediatamente, pois eram uma péssima influência para a inocente filha dele. minha primona disse então que ele deveria sair porque, além do aluguel estar no nome das minhas primas, ele era o único que não contribuía com as despesas da casa. só para ressaltar, minha irmã disse-me que o aluguel era dividido entre três: minha primona, minha irmã e o casal.
no fim da briga, ninguém saiu e casa e as despesas continuaram a ser divida entre três.
PARTE II
(a parte da minha gigantesca boca)
acho inadimissível um homem bater em uma mulher, uma pessoa espancar uma criança ou um ser humano maltratar ou matar um animal. o agredido não tem forças para se defender.
então, uns cinco dias depois da briga, escrevi no orkut* da minha priminha que iria ligar para a polícia americana denunciando o marido dela se ele batesse nela, na filha dela, na minha primona ou na minha irmã. por isso, todo mundo seria deportado enquanto o marido crente-agressor cumprisse pena nos estados unidos.
*mais uma vez, me ferro em briguinhas de orkut e ainda envolvo pessoas que eu gosto numa espiral descendente.
assim, joguei álcool sobre cinzas quentes. a coisa tinha ficado por aquilo mesmo: "eu não pago o aluguel e você não apanha", mas eu resolvi me meter, tornar a coisa pública para que, se algo acontecesse com minha irmã, quem quisesse saberia que o marido da minha priminha não passa de um covarde que bate em mulher para poder levar alguma vantagem.
na verdade, joguei merda no ventilador, mesmo. a priminha escreveu um email para toda a família contando a versão que ouviu do marido: que ele é crente e que minha primona e minha irmãs são demoníacas. não contou a parte em que o marido só não bateu na primona por medo de cumprir um jail time**. como de praxe, respondi com palavras duras no próprio orkut e continuamos o cyberfigth***.
**tempo na prisão
***luta cibernética
ontem à noite, minha irmã me ligou dos states****, dizendo que discutiu mais uma vez com o santo casal e estava fora de casa apenas com a bolsa e seus documentos. minha irmã me contou que foi assim: estavam apenas o três e a filhinha do casal em casa. houve um bate-boca, minha hermanita bateu a porta do quarto e se trancou lá dentro. o maridão, achando um absurdo ela se trancar no quarto pelo qual ela paga aluguel, derrubou a porta no chute (você sabe como as portas e paredes americanas são frágeis). a priminha, então, acuou minha hermanita no canto do quarto enfiou o indicador na cara dela e falou coisas que fariam o próprio lúcifer ficar vermelho só de ouvir. enquanto isso, o marido ficava no vão da porta do quarto fazendo as vezes de segurança pitbull.
****precisa de tradução?
por telefone, aconselhamos, minha mãe e eu, minha irmã a chamar a polícia para que pudesse pegar as coisas dela e sair daquele inferno o mais rápido possível. a polícia apareceu e minha irmã catou os seus trastes.
a primona arrumou a casa de um amigo para que ambas passassem a noite lá e nada mais. hoje à tarde minha irmã não tinha para onde ir e nem dinheiro para alugar um quarto. minha prima da outra cidade disse que poderia vender o carro que minha irmã comprou para que ela pudesse retornar o mais rápido possível para o brasil. compramos (minha mãe pagou e eu fiquei olhando) a passagem de volta que está marcada para quarta-feira. agora estou esperando minha hermanita ligar para saber onde ela vai passar a noite.
16.4.09
Sobre crianças e supermercados
muita gente não gosta de gatos e eu não as repreendo por isso. muita gente não gosta de gatos e costumam gritar, gesticular para espantar os infelizes felinos que ousam cruzar seus caminhos. alguns outros - que não são poucos - costumam até chutar ou queimar gatos. além disso, essas pessoas que não gostam de gatos e os maltratam adoram me contar em detalhes as atrocidades que já fizeram os pobres bichanos passarem quando eu digo que adoro e crio gatos. tudo isso, eu acho deplorável.
eu não gosto de crianças e muita gente me repreende por isso. no entanto, eu não fico gritando, gesticulando ao ver um feliz infante por perto. confesso que já chutei uma ou outra criança que atravessou meu caminho, mas juro que foi por acidente. até hoje, não queimei ninguém menor ou maior de 12 anos por querer.
pela lei brasileira, não se pode maltratar gatos ou crianças, mas é culturalmente aceitável que pessoas que não gostam de gatos agridam e matem esses adoráveis seres vivos. note que me refiro como adoráveis aos gatos e não às crianças. crianças deveriam ser proibidas por lei de frequentarem supermercados com coleira e guia ou sem.
semana passada fui ao wall mart comprar xampu, condicionador, desodorante, gillete e iogurte light. peguei um carrinho daqueles pequenos e charmosos de dois andares. paguei com meu cartão de crédito e me dirigi à esteira rolante que trava as rodas do carrinho para ele não escorregar enquanto não andamos por ela. atrapalhando a passagem das pessoas, estava uma criança desacompanhada, brincando de passar as mãos pelo corrimão da esteira.
olhei para aquela situação e, imediatamente, meu mau-humôrmetro graduou nas alturas. não chutei a criança, apesar de querê-lo. em frações de segundos, controlei meus impulsos básicos de auto-proteção e pensei comigo mesma "é só um menino, basta chegar um pouquinho para a esquerda que eu nem encosto nele - ele não poderá me incomodar". engatei o carrinho na esteira rolante e manti o garoto no meu campo de visão, sem olhá-lo diretamente. menos de dois segundos depois, vi o desgraçadinho se abaixar e pressionar, com seu delicado indicador, o botão vermelho de emergência que para a esteira. tudo isso em câmera lenta.
não houve como impedí-lo. aquela coisinha nada fofa fez meu mau-humôrmetro atingir 373 graus kelvin instantaneamente. gritei com o menino, falei para todo mundo ouvir que tinha vontade de espancá-lo e brutalizei meu pobre carrinho de compras. por fim, levantei o carrinho do chão, o carreguei para fora da esteira e me dirigi à rampa de acesso ao estacionamento, xingando a criança que continuava sozinha no supermercado.
fiquei duplamente com raiva. primeiro, porque crianças sempre incomodam, principalmente se estiverem sozinhas ou se tiverem pais permissivos e, segundo, porque disperdicei minhas escassas gotas de auto-controle e minha fé em uma sociedade mais cordial por uma pessoa que agiu exatamente como eu sabia que ela iria agir.
ai, que raiva!
eu não gosto de crianças e muita gente me repreende por isso. no entanto, eu não fico gritando, gesticulando ao ver um feliz infante por perto. confesso que já chutei uma ou outra criança que atravessou meu caminho, mas juro que foi por acidente. até hoje, não queimei ninguém menor ou maior de 12 anos por querer.
pela lei brasileira, não se pode maltratar gatos ou crianças, mas é culturalmente aceitável que pessoas que não gostam de gatos agridam e matem esses adoráveis seres vivos. note que me refiro como adoráveis aos gatos e não às crianças. crianças deveriam ser proibidas por lei de frequentarem supermercados com coleira e guia ou sem.
semana passada fui ao wall mart comprar xampu, condicionador, desodorante, gillete e iogurte light. peguei um carrinho daqueles pequenos e charmosos de dois andares. paguei com meu cartão de crédito e me dirigi à esteira rolante que trava as rodas do carrinho para ele não escorregar enquanto não andamos por ela. atrapalhando a passagem das pessoas, estava uma criança desacompanhada, brincando de passar as mãos pelo corrimão da esteira.
olhei para aquela situação e, imediatamente, meu mau-humôrmetro graduou nas alturas. não chutei a criança, apesar de querê-lo. em frações de segundos, controlei meus impulsos básicos de auto-proteção e pensei comigo mesma "é só um menino, basta chegar um pouquinho para a esquerda que eu nem encosto nele - ele não poderá me incomodar". engatei o carrinho na esteira rolante e manti o garoto no meu campo de visão, sem olhá-lo diretamente. menos de dois segundos depois, vi o desgraçadinho se abaixar e pressionar, com seu delicado indicador, o botão vermelho de emergência que para a esteira. tudo isso em câmera lenta.
não houve como impedí-lo. aquela coisinha nada fofa fez meu mau-humôrmetro atingir 373 graus kelvin instantaneamente. gritei com o menino, falei para todo mundo ouvir que tinha vontade de espancá-lo e brutalizei meu pobre carrinho de compras. por fim, levantei o carrinho do chão, o carreguei para fora da esteira e me dirigi à rampa de acesso ao estacionamento, xingando a criança que continuava sozinha no supermercado.
fiquei duplamente com raiva. primeiro, porque crianças sempre incomodam, principalmente se estiverem sozinhas ou se tiverem pais permissivos e, segundo, porque disperdicei minhas escassas gotas de auto-controle e minha fé em uma sociedade mais cordial por uma pessoa que agiu exatamente como eu sabia que ela iria agir.
ai, que raiva!
12.4.09
Licença poética
Vitrais velhos
Rostos maquiados
Escondem o estado
De peles enrugadas
Impelidas para o nada
São vitrais escorrendo
Exauridos por milênios
Que sabem e sentem:
São belezas decadentes
foto: vitrais de notre dame de mirna fraga
sim, isto é uma poesia. bem, pelo menos, o pedaço de uma: e fui eu que fiz!
meu xuxu falou que, sempre que via pessoas muito maquiadas em festas, ele se lembrava dos vitrais muito antigos que se deformam com o tempo, pois o vidro, segundo a wikipedia, "certos autores o consideram um sólido amorfo, ou seja, sem estrutura cristalina, porém, ele apresenta características de um líquido em sua ordenação atômica, mesmo em temperatura ambiente, ou seja, quando tem a aparência de sólido, por se tratar de uma substância de alta viscosidade (1040 Pa·s a 20 °C)".
pois é. quando eu tiver criado mais alguma estrofe, eu a postarei por aqui. só acho meio difícil fazer mais do que oito versos com rimas ricas. como muitos devem saber, eu não gosto de poesia.
Rostos maquiados
Escondem o estado
De peles enrugadas
Impelidas para o nada
São vitrais escorrendo
Exauridos por milênios
Que sabem e sentem:
São belezas decadentes
foto: vitrais de notre dame de mirna fraga
sim, isto é uma poesia. bem, pelo menos, o pedaço de uma: e fui eu que fiz!
meu xuxu falou que, sempre que via pessoas muito maquiadas em festas, ele se lembrava dos vitrais muito antigos que se deformam com o tempo, pois o vidro, segundo a wikipedia, "certos autores o consideram um sólido amorfo, ou seja, sem estrutura cristalina, porém, ele apresenta características de um líquido em sua ordenação atômica, mesmo em temperatura ambiente, ou seja, quando tem a aparência de sólido, por se tratar de uma substância de alta viscosidade (1040 Pa·s a 20 °C)".
pois é. quando eu tiver criado mais alguma estrofe, eu a postarei por aqui. só acho meio difícil fazer mais do que oito versos com rimas ricas. como muitos devem saber, eu não gosto de poesia.
8.4.09
Sobre amigos
amigo não é coisa para se guardar. amigo é coisa para ser usada com tanta frequencia que não dá tempo de colocá-lo em uma gaveta ou no lado esquerdo do peito. no máximo, ele fica jogado sobre a cama ou no sofá da sala para estar sempre à mão quando precisamos dele.
o número do telefone dele tem que ficar na discagem rápida do celular, pois há tantas coisas para se lembrar sobre o amigo que não sobra espaço na memoria para guardar o maldito telefone dele. eliminando-se o supérfulo sobra mais espaço para o que realmente interessa: a cor do primeiro carro dele, se ele anda de pantufas em casa ou não, o dia que a gente chorou de tanto rir falando mal de alguém que não era tão amigo assim...
amigo é coisa pela qual se desesperar quando não se encontra instantaneamente, pois, nem sempre, ele está no lugar onde achamos que estava. às vezes, largamos um amigo lá no edificio bemosa, na avenida goiás e, ao procurar, descobrimos que ele está no condominio master place, em brasília, em um endereço quase impossível de se decifrar.
ao escrever este post, me lembrei dessa música:
"How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
Running over the same old ground.
What have you found? The same old fears.
Wish you were here."
pink floyd - wish you were here
o número do telefone dele tem que ficar na discagem rápida do celular, pois há tantas coisas para se lembrar sobre o amigo que não sobra espaço na memoria para guardar o maldito telefone dele. eliminando-se o supérfulo sobra mais espaço para o que realmente interessa: a cor do primeiro carro dele, se ele anda de pantufas em casa ou não, o dia que a gente chorou de tanto rir falando mal de alguém que não era tão amigo assim...
amigo é coisa pela qual se desesperar quando não se encontra instantaneamente, pois, nem sempre, ele está no lugar onde achamos que estava. às vezes, largamos um amigo lá no edificio bemosa, na avenida goiás e, ao procurar, descobrimos que ele está no condominio master place, em brasília, em um endereço quase impossível de se decifrar.
ao escrever este post, me lembrei dessa música:
"How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls swimming in a fish bowl, year after year,
Running over the same old ground.
What have you found? The same old fears.
Wish you were here."
pink floyd - wish you were here
30.3.09
Bazar Beneficente
notícias felizes: o projeto hammã - que abriga, cuida, vacina, vermifuga, castra e doa cães e gatos de rua - realiza mais um bazar, nos dias 17 e 18 de abril, para arrecadar dinheiro para abrigar, cuidar, vacinar, vermifugar, castrar e doar cães e gatos de rua.
você pode participar de várias formas:
- comprando coisinhas no bazar (roupas, bijoux, produtos pets e etc)
- doando coisinhas para o bazar(roupas, bijous, produtos pets e etc)
- doando dinheiro para o projeto hammã (que tem uma dívida de mais de três mil reais por abrigar, cuidar, vacinar, vermifugar e castar cães e gatos de rua)
- voluntariando-se para cuidar do bazar
dá um pulinho lá na animale agro pet que fica na rua laudelino gomes, esquina com rua s-5, setor bela vista.
lembre-se: dias 17 e 18 (sexta e sábado), uma semana após a semana santa.
o panfleto novamente para você não se esquecer.
29.3.09
Puxa!
olhando meus últimos posts, vi o quanto tenho escrito besteiras neste blog. acho que você percebeu também. acredito que isto aconteceu porque quero, desesperadamente, levantar meu moral. com isso, acabo pensando em piadas sem graça. não quero escrever o quanto estou entediada com minha própria vida. nem sobre a sombra do suicidio que me ronda 24 horas por dia. minto. 14 horas por dia, pois, enquanto durmo, sonho com aranhas assassinas do tamanho de gatos e situações desagradaveis envolvendo amigos e familiares - felizmente (ou infelizmente), o suicidio não é um dos meus temas oníricos.
é isso. mais nádegas a declarar.
é isso. mais nádegas a declarar.
26.3.09
Fim das promoções no maior shopping da cidade
o shopping flamboyant anunciou, neste fim de semana, que vai parar de fazer promoções. o assessor de imprensa do shopping disse que, ao invés de lucro, as liquidações têm dado prejuízo porque "é só anunciar, pra nêgo vir voando pra cá - e o pior é que nem sabe estacionar".
extraído do diário de são tomé - 22 e março de 2009
extraído do diário de são tomé - 22 e março de 2009
Best-sellers?
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