12.11.07

6:10 pm

a van que me levaria à faculdade só chega a partir das 6:30. abri a porta do apartamento que fica no primeiro andar e deixei as duas gatas fugirem para o jardim do prédio. desci logo atrás delas calçando chilenos e vestindo um vestido preto sem mangas que contrastava com as alças do meu soutien de algodão branco.

me sentei na calçada da garagem e esperei ver, pelo portão, a van estacionar na rua. umas das gatas ficou deitada entre os carros enquanto a outra foi fuçar nas plantinhas. estava sem relógio e não sabia quanto tempo já havia se passado. pessoas passavam pela calçada lá de fora. a van demorou um pouco, provavelmente vinte minutos, e chegou.

entreguei ao motorista o cheque de novembro e avisei que não iria precisar da van porque tinha trancado a faculdade. dei as costas para ele, chamei a gataiada e voltei para o apartamento.

este foi o ponto alto do meu dia. acho que ele não foi muito interessante.

10.11.07

Preste atenção*

acabei de deixar melissa auf der maur para trás. dos dejetos do buraco de courtney love, eis que surje emilie autumn em minha vida. melissa bem que tentou, mas não foi capaz de atingir nem os graves na voz nem a ira e desespero que emilie cantou suas músicas.



logo nos primeiros acordes, me lembrou dresden dolls. as fotos também me ajudaram nessa ligação. mas, em muito, ultrapassou os bonecos. tanto no âmbito sonoro quanto no imagético.


por falar em sua aparência, veja o que emilie escreveu na música thank god i'm pretty (obrigada deus por ser bonita):

"I know my destiny's such that I must stocking and curl
So everybody thinks that I'm a fucking Suicide Girl"

que poderia ser traduzido assim:

estou tão ciente de meu destino que sempre uso meia-calça e cabelo cacheado
então todos pensam que eu sou uma suicide girl de merda



devaneios à parte, dê uma chance à garota, ouça sua música, veja suas fotos e tente perceber a ira, beleza, sofrimento, sarcasmo e o talento da boneca.



*sempre que escrevo isto me lembro da música vertigem do fantasma de agnes. ela começava com essas palavras. quem conhece se lembra, quem não conhece não tem a mínima idéia sobre o que estou falando.

Enquanto isso,

no balcão da loja:


eu: já parei de tomar meus remédios e decidi não freqüentar mais a psicoterapia.


ele: eu sempre lhe falei que esses médicos não sabem de nada.


eu: meu próximo passo é terminar com você e me matar antes do natal.


ele: deixa de ser demodê. você tem que se matar no natal. é nessa época que as pessoas se matam mais.
eu: boa idéia.

2.11.07

No dia 3 de outubro às 19:43

ele: como você está bonita hoje!

eu: é resolvi vestir uma roupa mais bonita e passar um lápis nos olhos.

ele: vai a alguma festa hoje?

eu: não.

ele: então porque está toda arrumada?

eu: porque hoje é dia das bruxas.

ele: e daí?

eu: se eu não me arrumar, alguém pode me dar um doce na rua.

ele: ah, bom!





31.10.07

Direto da vaca


descobri hoje porque alguns produtores colocam água oxigenada no leite: para diminuir a acidez provocada pela soda cáustica. agora, resta descobrir por que colocam a bendita soda no diabo do leite.


descobri também porque quem bebe leite fica mais branco: por causa da água oxigenada que tem nele. agora, resta descobrir por que fica mais preto quem bebe.


e hoje eu descobri porque o máicol diéquisom esbranqueceu: ele levou muito a sério a campanha do sindileite/go.

29.10.07

Sexo sem nexo

quase esqueço de dizer que essa crítica eu escrevi como um trabalhinho de escola.


Alexandre Frota é um carioca marombado e descolado que, depois de sentir novamente o gosto da fama na Casa dos Artistas, resolveu trilhar um caminho, no mínimo, nada convencional. O ator produziu e estrelou, em 2003 o filme pornô-erótico Obssessão. A partir daí, o produtor/ator pornógrafo vem filma no ritmo de quase de duas produções eróticas por ano. Recentemente, tive o desprazer de assistir o Invasão de Privacidade com o ator no papel principal, que foi lançado em 2005 pela distribuidora Brasileirinhas.


É notória a precariedade dos roteiros da maioria dos filmes eróticos. Surpreendentemente, o filme de Frota conseguiu ter um roteiro pior do que o pior filme pornográfico que se possa imaginar. A obra teve seu roteiro(?) inspirado no filme homônimo de 1993 no qual atua a atriz americana Sharon Stone. O mote da produção é o voyeurismo e a cenografia consiste em uma cama redonda e cafona, um canapé quase vitoriano e um paredão de monitores de TV que, ora exibe uma TV fora do ar e ora mostra simultaneamente o que acontece em cima do mobiliário sucinto do estúdio.


O vídeo começa bem com a atriz bonitinha, mas ordinária, Lorrane fazendo um strip tease que alcança o índice 6 na Rscala Richter. Logo depois, sem nenhum aviso prévio a bonita menina aparece na pequena cama redonda em um amasso com o carioca marombado. Mais a frente, seqüências desconexas se sucedem. Duas garotas aparecem na mesma cama e se masturbam. Outra hora, Frota rasga a meia-calça de Lorrane (sua marca nas produções eróticas) e a penetra com vigor. Felizmente, para mim, deixei de ver o vídeo sem chegar a ver o final que, provavelmente, não acabaria de uma forma decente nos parâmetros das produções pornográficas.


O Invasão de Privacidade conseguiu romper a lógica do sexo encenado: preliminares, sexo oral, penetração (vaginal, anal ou ambas) e ejaculação/orgasmo na cara da(o) parceira(o). Não sei se a obra de Alexandre Frota tentou uma inovação na indústria do cinema adulto ou se, simplesmente, ligou a câmera e deixou o pau comer. Intenções a parte, o resultado foi um filme quase excitante que oscila entre a excitação e a brochada. Na minha opinião, o filminho de Alexandre Frota não chega a ser um empata-foda para a prática do onanismo, mas é um grande desserviço para a educação sexual dos iniciantes dessa arte praticada até por seres unicelulares.



28.10.07

Você cospe ou engole?

eu engulo. perguntei a alguns amigos a maioria me disse que prefere cospir. uma vez meu médico perguntou de que cor era e eu disse que não sabia porque , até aquele dia, eu nunca tinha cospido. ele achou engraçado. minha mãe, que estava do meu lado, ficou com vergonha.

tem gente que acha mais nojento engolir, mas, uma vez, eu vi aquela meleca toda e quase vomitei. iac! acho melhor engolir porque não vejo e o gosto fica menos tempo na boca.

como estou de regime esses dias - não para emagrecer, para não engordar, fico curiosa para saber qual o valor calórico de uma porção de catarro. iac! que nojo! vou parar de escrever sobre isso, senão vomito de verdade.

23.10.07

Diálogo imaginário


enquanto isso, na última edição do gyn rock 'n gol:


um: sou flamenguista

outro: pois eu sou santista. e você?

terceiro: sou satanista.

14.10.07

Muro das lamentações

não estou a fim de fazer propaganda do blerg para os amigos. nem para os inimigos. eu sei que os tenho também.
enquanto isso, fico aqui a falar com o monitor. colocando imagens bonitas na área de trabalho e reclamando, clamando, emanando prata pura. não sei onde eu ouvi isso ou será que eu só pensei?
tentei ser poética. acho que não consegui.
"e o pulso ainda pulsa" e a mão ainda treme. tränen
saco!

12.10.07

NOSSA SENHORA DA APARECIDA!


Carta do gato que morava em minha casa

Estou super-feliz por te conhecer. Eu ainda não tenho nome, mas você pode me chamar como quiser que eu vou ao seu encontro.

Você me recebe hoje porque sou fugitivo. Um vizinho declarou guerra a minha espécie, mas eu, minha mãe e meus dois irmãos sobrevivemos.

Agora, eu preciso descançar por alguns dias num quarto bem confortável para me acostumar a minha nova casa.

Te amo desde já.

10.10.07

O grande fiasco

Comunidades do Orkut primas-irmãs do Movimento Cansei disseram que os descontentes com o governo do presidente Lula poderiam demonstrar sua indignação publicamente no último sábado de setembro, a partir das 15h. A Grande Vaia estava programada para acontecer simultaneamente em 15 cidades brasileiras. Não sei como foi nos outros lugares, mas, aqui em Goiânia, mal se ouvia as lamúrias dos poucos gatos pingados que resolveram aparecer na Praça Cívica, em pleno sábado, para participar de um grandessíssimo nada.

Desacato é crime; abuso de autoridade, também

Afinal, é desacato ou não imitar a sirene do carro da polícia? A grande dúvida gerou um debate acalorado entre os clientes de uma distribuidora de bebidas do Jardim América numa madrugada de setembro. De um lado, eu, sóbria. Do outro lado, três ébrios, um sóbrio e um metade louco, metade psicólogo. A discussão surgiu depois que, entre uma cerveja e outra água mineral, começamos a contar casos de conhecidos que se deram mal com a polícia quase sem esforço algum. A Ronda Ostensiva Tático Motorizada (Rotam) foi protagonista de todas as histórias.

O artigo 331 do Código Penal diz que “desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela” é um crime passível de prisão e multa. Já a Lei Federal Regulamentadora nº 4.898 de 9 de dezembro de 1965 versa que uma autoridade não pode extrapolar os limites de sua função pública sob pena de cair no crime de abuso de autoridade. O pessoal da Rotam parece que entende só essa primeira parte de nosso Lexus. Mas, como saber 50% em lugar que se sabe nada já é muito, estão todos aprovados.

Um dos casos que ilustraram nossa discussão na madrugada foi a história do primo do amigo do meu namorado que entrou na contramão a toda velocidade e deu de cara com uma Blazer cheia de policiais. Não deu para frear, bateu. Como bateu no carro da polícia, apanhou. Na porta da distribuidora, me disseram que este mereceu.

A outra história foi a do Besta*, um amigo meu que ganhou esse apelido por seus dotes intelectuais. Besta* parou a moto no sinal, ao lado de uma viatura. Não tinha nada mais inteligente para fazer, começou a acelerar a motoca para fazer graça às pedestres. Tomou um sopapo no capacete e teve que mostrar aos defensores da Lei até certificado de reservista. Na porta da distribuidora, me disseram que este também mereceu.

O protagonista da terceira história estava em sua bike com outro amigo na bike dele. Um carro da Rotam passou bem devagar, como costumam fazer, com as caras para fora da janela, encarando feio quem passasse perto. Não sei por que, cargas d’água, o bicicleteiro, em sua marotice, resolveu imitar a sirene com um grito curto e agudo. A viatura deu a volta, parou ao lado dos moleques e vomitou uns três cabra lá de dentro que desceram segurando o cinto com o revólver.

Os três guardinhas espremeram os dois rapazes até um deles confessar o crime. Um policiais agarrou o carinha pela gola da camiseta, prensou a cara do coitado no giroflex ligado e gritou perguntando se o pobre gostava do barulho da sirene. A pequena tortura durou alguns poucos minutos, mas serviu para deixar o garoto surdo por quase uma semana.

A discussão na porta da distribuidora se deu porque eu acreditava que o garoto havia cometido o crime de desacato. Fui quase massacrada por meus pares que pensaram que eu estava de acordo com a atitude dos policiais. Nem me deram a chance de dizer que o pessoal da Rotam cometeu o crime de abuso de autoridade. Mas, novamente, como saber 50% em lugar que se sabe nada já é muito, estão todos aprovados, inclusive os policiais.


P.S.: Só para constar, o jurista Nelson Húngria Hoffbauer, Ministro do Supremo Tribunal Federal no ano de 1951, declarou que "A ofensa constitutiva do desacato é qualquer palavra ou ato que redunde em vexame, humilhação, desprestígio ou irreverência ao funcionário. É a grosseira falta de acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos etc". E tenho dito!

* Apelido fictício, porém com significado semelhante ao real

9.10.07

Divaneios

psicóloga: você tem que aprender a confiar nas pessoas
eu: eu sei.

psicóloga: (pausa estratégica)
eu: eu não sei se eu posso confiar em você.

psicóloga: você pode confiar em mim. aconteça o que acontecer, eu estarei aqui para lhe apoiar.
eu: (pausa estratégica)

psicóloga: pois é. hoje vamos ter que ficar por aqui.
eu: certo. então, até amanhã

psicóloga: ah, eu quero falar sobre isso. nesta semana, eu não poderei lhe atender porque vou participar de um congresso. mas eu estarei pensando em você o tempo todo. até semana que vem.
eu: (pausa nada estratégica)

6.10.07

Quinta-feira, 04 de outubro

dia de são francisco

dia dos animais

10:27 pm


- olá. boa noite.

- boa noite.

- quanto é o saco de gelo?

- três e cinqüenta.

- sei... você sabe com quantos sacos dá para congelar dois gatos?

- gato?! ah, não sei. de que tamanho?

- um médio e um grande.

- acho que você vai precisar de dois sacos.

- pois é... eu preciso congelar para poder levar amanhã à faculdade de veterinária para fazer uma necropsia. o cara da delegacia que deu idéia.

- eles eram bonitos. morreram de quê?

- o vizinho deu carne com veneno. o menorzinho já estava morto quando eu cheguei. o maior eu tive que enforcar com um pano para morrer mais depressa.

- ah, não. dois sacos de gelo dão tranqüilo.

- você tem um saco de lixo grande para eu poder colocar o gelo com os gatos? eu tenho que devolver a caixa para a vizinha.

- ô fulano, você sabe se tem um saco de lixo grande no depósito? (...) é. nesse saco cabem os dois.

- pode deixar que eu coloco no porta-malas. então, boa noite. (...) ai! eu quase esqueço de pagar. quanto é mesmo?

- sete reais.

- aqui. trocadinho. boa noite.

- boa noite.

25.9.07

Debulhar o milho


notou que eu posto por aqui coisas que tenho feito na facu? então vai mais uma crônica:


Moro em um apartamento alugado. Isso não quer dizer que eu não tenha casa própria. Tenho uma casa, mas não moro nela. Quero dizer, a casa não é propriamente minha. Ainda. Ela faz parte do inventário de meu pai que faleceu no ano passado e de quem sou herdeira. Temos também, minha mãe, minha irmã e eu, um lote que fez parte do inventário do meu avô, pai de meu pai, e que hoje faz parte do inventário do falecido marido de minha mãe, meu pai.

Neste lote, não há muro, pois usamos o dinheiro do muro para fazer o inventário do meu pai, não do meu avô, pai de meu pai. O pai da minha mãe, meu outro avô, já morreu também, teve seu inventário feito, mas não tem nada a ver com essa história. Pois é. Estávamos em nosso apartamento que é alugado, aqui em Goiânia, quando o telefone tocou e trouxe a notícia de que um sem-teto havia invadido nosso lote que fica em Bela Vista de Goiás. Minha mãe ficou irada no sentido denotativo da palavra. Ela é advogada e sabe o quanto é difícil despejar alguém que se aboletou em propriedade alheia. Alguns dias depois, um pouco mais calma, mas ainda bufando de raiva, minha mãe zarpou para Bela Vista e só freou o carro quando chegou ao lote em questão.

Munida de dois gajos co-sangüíneos, meus primos, minha mãe entrou no lote pronta para comer o fígado, metaforicamente falando, do facínora invasor de lote dos outros. Em sua mente, mamãe me contou mais tarde, pupulavam bandeiras vermelhas, foices e facões, em suma, uma horda de sem-terra que estariam menos preocupados com a posse da propriedade em si do que com ações políticas de esquerda.


Pobre progenitora minha! Ao ver as roupinhas do miserável e a pequenina plantação de milho quase pronta para colher, minha mãe debulhou-se em lágrimas. Mas não teve jeito. A parentaiada juntou as trouxas do pobre coitado, acabou com a pequena plantação e passou o problema adiante. Fazer o quê? Não é para resolver esses inconvenientes que pagamos um absurdo em impostos? Ouvi dizer que o cheque-moradia do governo do Estado de Goiás serve para isso. Ou estou enganada?

22.9.07


olha só o pepino que eu arrumei:


resolvi fazer um blog para falar dos problemas da minha faculdade, convidei outros alunos a escrever e ainda mandei um email para que os professores pudessem ler a bobagem que escrevi.

12.9.07

A passos de bêbado

mais um artigo que eu escrevi para a facu:

Recentemente, tanto a imprensa nacional quanto a local inseriram um novo termo em nosso vocabulário de botequim. Se, antes, o brasileiro comum saía para encher a cara, hoje, ele sai para beber em “binge”. Esta nova moda lexical começou depois que a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) divulgou os dados de uma pesquisa feita com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que relata como o brasileiro afoga suas mágoas.

O termo vem do inglês “binge drinking” que, traduzido literalmente, significa bebedeira de forra. Segundo o International Center for Alcohol Policies (ICAP), existem várias formas de se conceituar a expressão, sendo que a mais aceita diz que “um dos princípios mais comumente usados pontua que o ‘binge drinking’ refere-se a cinco ou mais doses para homens e quatro ou mais para mulheres consumidas em uma ocasião”. Pela primeira vez, um estudo nacional identifica e classifica esse tipo de consumo no país e promete elaboração de políticas públicas que combatam os problemas causados pelo mau uso do querido chopinho do fim de semana.

A pesquisa também apontou, nas palavras do relatório da Senad, que “o consumo de álcool é mais freqüentemente associado com problemas do que se poderia pensar numa análise superficial do fenômeno”. Em outras palavras, o que todo mundo já sabe: quanto mais cachaça na cabeça, maior o número de brigas no bar, acidentes nas ruas e pancadaria em casa. Isso sem mencionar a ressaca física e moral do pobre beberrão no dia seguinte.

Ao ler a descrição e a proporção dos problemas mais citados pelos, perdão pelo pleonasmo, bebedores problemáticos; pude ver como o álcool pode corroer de dentro para fora o ser humano e ainda contaminar gradativamente seus círculos sociais. Os problemas físicos aparecem como os mais citados, seguidos pelos problemas familiares. Dentre esses últimos, as discussões com companheiros irritados com a bebedeira foram mais freqüentes. Segundo a pesquisa, também é mais fácil um ébrio brigar com algum parente próximo do que com outro alguém fora da família.

O que parece não fazer parte do senso comum é a idéia que o núcleo familiar de uma pessoa com problemas com álcool é tão disfuncional quanto ela. O médico/apresentador global Dráuzio Varella escreve em seu site porque existem instituições que oferecem apoio aos familiares dos alcoólicos. Segundo ele, “a família se torna co-dependente do álcool e precisa tratar da neurose que adquiriu na convivência com a pessoa que bebe”. Essa afirmação é surpreendente inclusive para aqueles que procuram grupos de apoio aos familiares na esperança de convencer o ente a deixar de beber.

Na Federação Brasileira de Amor-Exigente (Febrae) e na Al-Anon, uma associação paralela e independente dos Alcoólicos Anônimos (AA), os co-dependentes aprendem que os familiares tornam o vício possível ao proteger os alcoólicos das conseqüências de seus atos. Essas ongs também mostram caminhos mais felizes para as pessoas que vivem ao lado de quem bebe independente do que acontece com elas Os familiares aprendem, nessas instituições, a eliminar a culpa que sentem em relação ao vício, mudar a relação com o bebedor problemático e, não raro, fazer com que o dependente aceite ajuda.

Fazer um levantamento sobre os padrões de consumo de álcool foi um primeiro passo para encarar as disfunções psico-sociais geradas pelo consumo abusivo do chopinho de fim de semana. Estabelecer um decreto que institui a Política Nacional sobre o Álcool – assinado pelo presidente Lula em maio deste ano - e criar um sistema público de medidas que reduzam o uso indevido de álcool é um segundo passo. O passo seguinte seria divulgar os efeitos negativos da co-dependência da família de quem bebe. Três passos do Estado em direção à solução do problema. Se seguirmos o modelo do AA, este é um bom começo de uma longa caminhada de 12 passos.

9.9.07

o professor pediu para eu escrever um artigo e eu fiz isso:


Mind the gap*

Recentemente, tive a oportunidade de passar duas semanas em Londres. Como uma turista típica, visitei os lugares mais freqüentados pelos não nativos e ainda pude observar um pouco da vida dos londrinos menos afortunados e dos imigrantes, pois me hospedei em um bairro relativamente pobre e distante da agitação artificial do centro. Hoje, quando me perguntam o que mais gostei naquela cidade, respondo sem hesitar que adorei o sistema de transporte coletivo de Londres.

Se me perdesse na cidade, bastava procurar um buraco do metrô para me enfiar nele e sair onde eu quisesse. Se os mapas afixados na entrada das estações não me informassem por onde ir, bastava procurar um funcionário, sempre solícito, para me orientar. É claro que falar um pouco de inglês também me ajudou nessas horas difíceis.

Locomover-me pela superfície não foi tão rápido quanto ir pelo subterrâneo, mas foi muito mais charmoso. Viajar no segundo andar dos famosos ônibus de dois pisos foi um clichê bastante prático. Além disso, nada de correria para descer no ponto desejado. Ao contrário dos ônibus de Goiânia, o motorista, tão mal humorado quanto os daqui, sempre espera o último passageiro descer para fechar a porta do “busu” em Londres.

Outro ponto positivo para a eficácia do transporte público é a obsessão dos londrinos pela ordem. Nenhum cidadão entra no vagão até que o último passageiro tenha descido. No metrô francês, a coisa não funciona tão bem assim. Depois que grande parte dos usuários desceram, uns outros começam a subir ainda dando passagem aos que ficaram para trás. Já no Terminal das Bandeiras do setor Novo Horizonte, saber um pouco de lutas marciais é útil para enfrentar a turba que entra alucinada no ônibus enquanto um pobre coitado retardatário tenta sair.

O “Underground” (metrô), o “Bus” (ônibus) e o “National Rail Services” (serviço nacional de trens) são motivos de orgulho para Londres. Isto fica bem claro ao freqüentar as lojas de lembrancinhas do Picadilly Circus. O símbolo do sistema de transporte – um círculo cortado por um retângulo – figura em camisetas, bolsas e broches com a inscrição “mind the gap”: a frase mais escutada pelos auto-falantes dos vagões do metrô. Isto, em bom português quer dizer “cuidado com o vão”.

Um sistema de transporte bem planejado, aliado a informações claras e a uma prática de conservação e uma política de ampliação constante me faz sentir saudades do ar abafado e sujo do “underground” londrino.

* Cuidado com o vão



o professor leu e disse que minha crônica ficou ótima.

10.5.07

eu: é um absurdo! um cd da fiona apple na saraiva custa mais de noventa reais.
ele: mas é assim mesmo: os produtos da machintosh sempre foram mais caros.

extraordinary machine

7.5.07

Saudades

este foi meu primeiro aniversário sem meu pai. além da crisa da meia idade - fiz 30 aninhos; uma melancolia me abateu um pouco. ele não era muito bom em dar presentes, mas a morte redime todos os pecados e apaga todos os defeitos.
um abraço apenas já estaria de bom tamanho.

2.5.07

A mulher de 30 anos

não me pergunte porquê, mas, navegando pela net, me deparei com alguns sítios de conteúdo erótico. você sabe sobre o que falo: esses lugares totalmente inapropriados para menores de 18 anos (e alguns maiores de 18 mais pudicos), que mostram, entre outras coisas, sapatos tão ma-ra-vi-lho-sos quanto ca-rís-si-mos.

já escolhi o meu:
lembre-se, meu aniversário é amahã e, talvez, se você me der um presente (QUE ME AGRADE) pode ser que eu lhe convide para um churrasquinho xexelento que pode acontecer ou não neste fim de semana.

lista de presentes

18.4.07








"ela toma uma dose intravenosa de formol todo dia. isso não a deixa envelhecer e ainda faz o cabelocrescer lisinho."
lady sepulcro

30.3.07

Insônia


8:00 am
esta noite tive insônia. sempre que fico preocupada, eu não durmo. quando não durmo, a memória fica péssima no dia seguinte.

01:00 pm
droga! eu tinha que fazer algo hoje, mas não consigo me lembrar o quê.

07:00 pm
passei o dia inteiro tentando me lembrar o que eu tinha que fazer e não consegui.


11:00 pm
o dia acabou e não me lembrei. o jeito é dormir. amanhã, talvez, eu me lembre.

03:00 am
...

04:00 am
...

05:00 am
lembrei o que eu tinha que fazer: comprar remédio para dormir por causa da insônia.

2.3.07

23.2.07

Teste

testando novo blogger
teste
teste
testando novo blogger
testar é meter a testa em algo?

2.1.07

Apresento-lhe Negão

este é o gatinho do xuxu. o pobre é um banana com as pessoas, mas sai toda noite à procura de sexo e briga. agora, o coitado usa uma "colar elisabethano" - como disse a vet - para evitar que lamba as próprio as feridas que foram causadas por outros gatos e as piore. porém o bichano é muito amante de noite e ainda fica andando pelos muros mesmo com o abajour no pescoço.

*postado ouvindo lá vem o negão de Zelão

La vem o negão
Cheio de paixão
Te catá, te catá, te catá
Querendo ganhar todas menininhas
Nem corôa ele perdoa não
Fungou no cangote da linda morena
Te catá, te catá, te catá
Loirinha com a fungada do negão
É um problema
Loirinha com a fungada do negão
É um problema

Se ninguém soube lhe amar
Pode se preparar chegou a salvação
Só alegria, pode se arrumar
Que chegou o negão
Mas se é compromissada
É melhor não vacilar

Basta um sorriso no olhar
Para o negão te catar
Vem negão, vem depressa
É o mulherio a gritar
Vem negão, a hora é essa
Vamos deitar e rolar
Na praia, na rua, no supermercado
Na feira é a maior curtição
As garotinhas já vem requebrando
Pra ficar com esse negão