29.10.07

Sexo sem nexo

quase esqueço de dizer que essa crítica eu escrevi como um trabalhinho de escola.


Alexandre Frota é um carioca marombado e descolado que, depois de sentir novamente o gosto da fama na Casa dos Artistas, resolveu trilhar um caminho, no mínimo, nada convencional. O ator produziu e estrelou, em 2003 o filme pornô-erótico Obssessão. A partir daí, o produtor/ator pornógrafo vem filma no ritmo de quase de duas produções eróticas por ano. Recentemente, tive o desprazer de assistir o Invasão de Privacidade com o ator no papel principal, que foi lançado em 2005 pela distribuidora Brasileirinhas.


É notória a precariedade dos roteiros da maioria dos filmes eróticos. Surpreendentemente, o filme de Frota conseguiu ter um roteiro pior do que o pior filme pornográfico que se possa imaginar. A obra teve seu roteiro(?) inspirado no filme homônimo de 1993 no qual atua a atriz americana Sharon Stone. O mote da produção é o voyeurismo e a cenografia consiste em uma cama redonda e cafona, um canapé quase vitoriano e um paredão de monitores de TV que, ora exibe uma TV fora do ar e ora mostra simultaneamente o que acontece em cima do mobiliário sucinto do estúdio.


O vídeo começa bem com a atriz bonitinha, mas ordinária, Lorrane fazendo um strip tease que alcança o índice 6 na Rscala Richter. Logo depois, sem nenhum aviso prévio a bonita menina aparece na pequena cama redonda em um amasso com o carioca marombado. Mais a frente, seqüências desconexas se sucedem. Duas garotas aparecem na mesma cama e se masturbam. Outra hora, Frota rasga a meia-calça de Lorrane (sua marca nas produções eróticas) e a penetra com vigor. Felizmente, para mim, deixei de ver o vídeo sem chegar a ver o final que, provavelmente, não acabaria de uma forma decente nos parâmetros das produções pornográficas.


O Invasão de Privacidade conseguiu romper a lógica do sexo encenado: preliminares, sexo oral, penetração (vaginal, anal ou ambas) e ejaculação/orgasmo na cara da(o) parceira(o). Não sei se a obra de Alexandre Frota tentou uma inovação na indústria do cinema adulto ou se, simplesmente, ligou a câmera e deixou o pau comer. Intenções a parte, o resultado foi um filme quase excitante que oscila entre a excitação e a brochada. Na minha opinião, o filminho de Alexandre Frota não chega a ser um empata-foda para a prática do onanismo, mas é um grande desserviço para a educação sexual dos iniciantes dessa arte praticada até por seres unicelulares.



2 comentários:

Marcellus Araújo disse...

Vamos publicar isso no papel!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
E a cara do professor?

Anônimo disse...

alexandre fruta é baixaria pura. baixaria da baixaria. mais baixo que nelson ned.