24.1.06
Banzo
s. m. Estado de nostalgia profunda dos negros africanos, quando cativos e ausentes do seu país. Adj. Abatido, pensativo, triste.
ando assim. acordo assim, me levanto assim e, ao me deitar, ainda continuo assim.
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me falta ânimo, vontade de continuar.
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meu pai anda doente. minha mãe veio me falar sobre isso e eu sugeri, em tom de brincadeira, que seria melhor se nos matássemos todos. ela riu. eu também ri.
pensando nisso agora, penso que talvez não estivesse brincando.
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talvez realmente me faltem apenas alguns miligramas em minha medicação.
20.1.06
Diálogo digno de programa humorístico da tv aberta
- escritório de advocacia, boa tarde.
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- boa tarde. eu queria comprar uma passagem para pires do rio.
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- o senhor ligou para um escritório de advocacia.
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- eu só queria uma passagem para...
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- é um engano: o senhor ligou para um escritório de ad-vo-ca-cia.
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- e de onde você fala mesmo?
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- de um escritório de advocacia.
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- ah, bom... mas aí não vende passagem não?
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p.s.: aconteceu com minha irmã enuanto ela trabalhva como secretária da minha mãe.
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- boa tarde. eu queria comprar uma passagem para pires do rio.
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- o senhor ligou para um escritório de advocacia.
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- eu só queria uma passagem para...
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- é um engano: o senhor ligou para um escritório de ad-vo-ca-cia.
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- e de onde você fala mesmo?
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- de um escritório de advocacia.
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- ah, bom... mas aí não vende passagem não?
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p.s.: aconteceu com minha irmã enuanto ela trabalhva como secretária da minha mãe.
19.1.06
18.1.06
Tudo azul
na época do cursinho, eu queria pintar meu cabelo de azul. minha mãe me deu uma tinta azul que, para melhor resultado, era necessário descolorir os cabelos antes. contei minhas aspirações a uma amiga e ela disse que poderia fazer mechas azuis no meu cabelo, pois ela tinha em casa uma touca de fazer mechas (que é igual a uma touca de natação cheia de furinhos pelos quais se puxam os fios de cabelo para descolorir).
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na casa de minha amiga, coloquei a touca enquanto ela preparava a água oxigenada e me sentei em uma cadeira para que ela fizesse o que ela disse saber fazer em mim. “você quer muitos ou poucos fios azuis?” respondi que queria poucos, apenas para dar um brilho azulado no cabelo todo. minha amiga puxou alguns fios por toda minha cabeça e passou a solução com água oxigenada que havia preparado.
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esperamos o tempo recomendado por ela, claro – pois ela era a especialista entre nós duas. lavei a cabeça no tanque de lavar roupas e passamos a colorir o cabelo com a tinta azul. esperamos o tempo recomendado na embalagem da tintura e, ansiosas, fomos mais uma vez lavar os meus cabelos no tanque.
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assim que a água começou a escorrer, o ralo do tanque começou a se entupir com os fios de cabelos que caíam. no começo, alguns poucos fios caíram e, logo, muitos foram se aglomerando no fundo do tanque até que não foi mais preciso lavar os cabelos que foram coloridos, pois todos eles haviam caído da minha cabeça.
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depois disso, prometi a mim mesma nunca mais usar água oxigenada fora de um salão de beleza.
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na casa de minha amiga, coloquei a touca enquanto ela preparava a água oxigenada e me sentei em uma cadeira para que ela fizesse o que ela disse saber fazer em mim. “você quer muitos ou poucos fios azuis?” respondi que queria poucos, apenas para dar um brilho azulado no cabelo todo. minha amiga puxou alguns fios por toda minha cabeça e passou a solução com água oxigenada que havia preparado.
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esperamos o tempo recomendado por ela, claro – pois ela era a especialista entre nós duas. lavei a cabeça no tanque de lavar roupas e passamos a colorir o cabelo com a tinta azul. esperamos o tempo recomendado na embalagem da tintura e, ansiosas, fomos mais uma vez lavar os meus cabelos no tanque.
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assim que a água começou a escorrer, o ralo do tanque começou a se entupir com os fios de cabelos que caíam. no começo, alguns poucos fios caíram e, logo, muitos foram se aglomerando no fundo do tanque até que não foi mais preciso lavar os cabelos que foram coloridos, pois todos eles haviam caído da minha cabeça.
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depois disso, prometi a mim mesma nunca mais usar água oxigenada fora de um salão de beleza.
Biologia mecatrônica
15.1.06
É batata!
um dia, fui almoçar na casa do meu xuxu e, como não estava muito a fim, não coloquei batata palha no prato. não me leve a mal, eu gosto de comer batata frita e, para minha sorte, na casa do xuxu, sempre tem batata palha. eu só não estava a fim de coisas muito gordurosas naquele dia.
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com meu prato sem batata, saí da cozinha e me sentei na sala. a mãe do xuxu fez um escândalo quando viu que eu não tinha colocado batatinha no meu prato. não leve a mal a minha sogra, ela sempre faz escândalos por qualquer coisa.
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indignada, a mãe do meu xuxu me perguntou se eu não gostava de batata palha. lhe respondi afirmativamente e ela me perguntou assustada a razão de eu não ter batatas em meu prato. disse-lhe então que, apesar de gostar de batata palha, não estava com vontade de comer batata naquele dia.
ressentida como se lhe tivessem feito alguma ofensa, ela bradou que, se fosse magra como eu sou, ela comeria batatas fritas todos os dias. dando uma garfada em uma porção de agrião, lhe respondi.
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eu: se você fosse magra como eu sou e comesse batatas todos os dias, logo ficaria tão gorda quanto você é agora.
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minha sogra parou e pensou um pouquinho.
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sogra: é verdade!
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dzendo isso, ela começou a comer seu almoço sem batata palha, pois, naquele dia, estava de dieta.
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p.s.: minha sogra nem é tão gorda assim.
13.1.06
Weblogger me encheu o saco.
o fato de ele não funcionar muitos dias seguidos e, quando funciona, funcionar muito mal me fez perder a paciência. faz mais ou menos uns três dias que estou criando outros blogs em outros provedores, escolhendo leioutis e tentando hospedagem grátis para minhas imagens, pois meu limite de imagens também estourou. nada tem dado certo
o ruim é que eu tenho certeza de que estou fazendo tudo isso para tentar amenizar a culpa. me sinto culpada por não ter vontade de escrever e transfiro minha raiva de mim mesma para esses problemas técnicos e desvio minha atenção de mim mesma.
isso que dá fazer terapia. a gente aprende a analisar nosso comportamento e detectar os atalhos e subterfúgios da mente que foram criados justamente para evitar os problemas e deixar que eles se resolvam sozinhos. sabendo disso, agora eu terei que resolver meus próprios problemas.
tudo eu! tudo eu!
o ruim é que eu tenho certeza de que estou fazendo tudo isso para tentar amenizar a culpa. me sinto culpada por não ter vontade de escrever e transfiro minha raiva de mim mesma para esses problemas técnicos e desvio minha atenção de mim mesma.
isso que dá fazer terapia. a gente aprende a analisar nosso comportamento e detectar os atalhos e subterfúgios da mente que foram criados justamente para evitar os problemas e deixar que eles se resolvam sozinhos. sabendo disso, agora eu terei que resolver meus próprios problemas.
tudo eu! tudo eu!
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