quarta, depois da peça, fui para casa do xuxu dormir com ele. ele (ainda) mora na casa dos pais e, em seu quarto, há apenas uma cama de solteiro. como ali não nos cabe de uma forma confortável, costumo colocar um colchão ao lado de sua cama para, quando me enjoar de dormir abraçadinha, rolar para cima da caminha improvisada. tenho notícias que o avô paterno de xuxu sofria de sonambulismo e, pelo que pude confirmar antes de ontem, o mal deve ser hereditário. estava dormindo na cama e o xuxu me abraçava por trás com as mãos enlaçando minha barriga. estava quase adormecendo e o menino, não sei porque cargas d’água, leva um sustão, dá um gemido, me aperta com força e eu solto um grito. refeitos e recompostos, o xuxu volta a dormir na cama e eu me deito no chão, onde é mais seguro. imediatamente ele volta a roncar, enquanto eu fico me concentrando para relaxar e dormir. ainda estava em meu sono r.e.m. quando sinti uma dor no nariz. abri os olhos e, na penumbra, vi o xuxu sentado na cama com um pé em cima da minha cabeça. Naquela hora, eu dormia de boca aberta e, no susto, por mais absurdo que pareça, ao fechar a boca, dei uma lambida na planta do pé dele. o crápula ainda perguntou se eu estava bem e tentou me abraçar, mas a cara doía e eu não deixei que ele tocasse em mim. mais uma vez, quase instantaneamente, xuxu voltou a dormir. no outro dia ainda teve a cara-de-pau de dizer que não se lembrava de nada. moral da história: ao dormir fora de casa, use armadura e capacete para evitar hemorragias internas e traumatismos cranianos.
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Um comentário:
Situação comédia essa hein?!!
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